O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (UNIÃO) afirmou que já tem ‘compromisso’ com o colega Max Russi (PSB) para apoiá-lo na disputa à Mesa Diretora, e disse que se o atual presidente Eduardo Botelho (UNIÃO) conseguir ser candidato, será necessário iniciar ‘novas conversas’. Nos bastidores há a informação de que uma brecha encontrada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes pode ajudar o atual presidente a ir para seu quarto mandato consecutivo.

Leia também:
Assembleia quer apenas 5% do Fethab para o social e outros 5% para a agricultura familiar

“Ele não me comunicou”, disse Dilmar na última terça-feira (13). “Ontem a conversa que eu estive falando com o presidente do Botelho é que ele também está fazendo parte da composição da chapa com Max presidente e ele primeiro-secretário. Essa a única coisa que eu fiquei sabendo”, afirmou.

Dilmar argumentou que tem compromisso com Max Russi da mesma forma que Botelho tem. “Nós estivemos conversando, alinhando. A eleição terminou no domingo, na segunda-feira eu vim para Cuiabá, na terça-feira de manhã já tinha conversado com o Botelho. E orientei, falei: olha, pela decisão tomada no seu processo eu vejo com dificuldade jurídica de você voltar a ser presidente da Assembleia. Ele foi consultar. Percebeu isso. Tanto que ele deu a palavra ao Max. Então tem que voltar a conversa... até esse momento sei que o Max está concorrendo à presidência e Botelho de secretário”, completou.

Também na terça-feira, Russi afirmou que mesmo que uma brecha jurídica permita que Botelho (União) seja candidato, ele não deve recuar de sua candidatura para comandar a Mesa Diretora. “Estou sabendo pela mídia. Primeiro deputado que conversou foi o Dilmar Dal Bosco (que declarou voto em Max). Vai depender se Botelho vai concorrer, se não for, tem outros deputados. Dilmar pode compor chapa como primeiro-secretário, Nininho, Janaina. Eu vou ser candidato a presidente, se o Botelho for, ótimo”, afirmou.

Questionado sobre o assunto, Botelho desconversou, afirmou que ainda não tinha detalhes e que agora estava preocupado com as matérias que ainda precisam ser votadas. “Eu não sei, eu não tenho conhecimento. Eu não tenho conhecimento disso, o nosso julgamento ainda não terminou, tem que ver o que que vai ser. O nosso julgamento, cada um eles têm julgado de uma forma, eu não sei...”, disse.

Botelho ainda afirmou que não conversou com nenhum dos deputados que haviam declarado apoio a seu nome para continuidade na presidência, mas confessou que foi procurado por alguns colegas. “Alguns deputados que tem me procurado. Eu disse: não sei, eu estou concentrado aqui no Fethab, nessas propostas, algumas mudanças dentro da casa que nós precisamos fazer, e nós temos um prazo muito curto”, afirmou.