O senador reeleito Wellington Fagundes (PL) se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã de quinta-feira (15), e conversou com ele acerca da ‘operação desbloqueio’, da Polícia Federal. Segundo o parlamentar, o presidente se mostrou muito apreensivo e preocupado que a situação se transformasse “em algo mais grave”.

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“Hoje nós tivemos, inclusive, uma reunião pela manhã com o presidente Bolsonaro, estava presente também líder do governo no Senado, senador Portinho, senador Eduardo também líder do governo no Congresso Nacional e outros senadores. O presidente colocou com muita apreensão, muita preocupação, e advertindo inclusive se isso poderia se transformar em algo mais grave”, afirmou o senador, durante evento para celebrar a mudança do Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP) para dentro da estrutura do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Ao todo, a operação “desbloqueio” cumpriu 81 ordens de busca e apreensão, sendo 20 em Mato Grosso, das quais cinco em Cuiabá. A operação é uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e mira pessoas físicas e jurídicas identificadas pelas forças de segurança locais e federais, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que participam e financiam atos antidemocráticos, como bloqueios de rodovias e protestos em quartéis.

Os mandados foram cumpridos nos estados do Acre (9), Amazonas (2), Rondônia (1), Mato Grosso (20), Mato Grosso do Sul (17), Paraná (16) e Santa Catarina (15), além do Distrito Federal (1). 

Segundo Wellington, o ‘mais grave’, a que se referia, era uma “ameaça à democracia”. “O que existe na verdade é que a população tem cobrado muito também um maior posicionamento até por parte tanto da Câmara como do Senado, mais forte no Senado, e por isso nós discutimos muito também a questão da eleição da próxima mesa. Os temas básicos das conversas foram esses”, concluiu, afirmando que não ficou até o final do encontro porque tinha compromissos em Cuiabá.