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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Soja e etanol crescem na balança comercial brasileira

Mais uma vez, o saldo positivo da balança comercial brasileira é devido principalmente aos bons resultados alcançados pelo agronegócio.

O agronegócio brasileiro fechou o primeiro semestre com um saldo positivo, segundo avaliação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário (Mapa). Ainda que as exportações não tenham atingido o mesmo patamar de 2008 - o valor caiu de US$ 33,785 bilhões para US$ 31,443 bilhões -, o diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio, Eduardo Sampaio Marques, está otimista quanto aos números. “O ano passado foi excepcional para o agronegócio, ficaria difícil bater os índices alcançados. De todo modo, o Brasil se saiu muito bem, principalmente, considerando-se a crise financeira. O volume exportado de várias commodities foi muito bom, superando, inclusive, os do ano passado.”


Mais uma vez, o saldo positivo da balança comercial brasileira é devido principalmente aos bons resultados alcançados pelo agronegócio – que fechou o semestre com um superávit de US$ 26,356 milhões. No acumulado de julho de 2008 a junho de 2009, o saldo da balança comercial do setor foi de US$ 58,2 bilhões. As exportações brasileiras do agronegócio foram de US$ 69,4 bilhões, cerca de 6,1% a mais do que o período de julho de 2007 a junho de 2008.

A soja continua sendo o principal produto de exportação do País. O complexo soja apresentou aumento do valor exportado de 12,6%, passando de US$ 9,031 bilhões para US$ 10,167 bilhões, e do total de toneladas embarcadas de 28,4%, subindo de 20.695 toneladas em 2008 para 26.581 toneladas em 2009. “Parte do bom resultado na venda de soja se deve à antecipação do embarque de grãos”, justifica Marques.

Outras commodities tradicionais como as do complexo sucroalcooleiro e do fumo também tiveram aumento do valor exportado de 26,4% e 27,4%, respectivamente. “O Brasil é o maior exportador de etanol do mundo e a tendência é que cresça ainda mais, conforme os países passarem a o adotar em suas matrizes energéticas. Já o açúcar aumentou o valor exportado em 53,4%. Vale destacar que a Índia deixou de ser grande exportadora, virou grande importadora do produto”, diz o diretor.

O milho vem se confirmando como commodity de exportação. O volume comercializado do grão passou de 2.930 toneladas, no primeiro semestre de 2008, para 3.386 toneladas, no mesmo período neste ano, uma variação de 15,5%. “O Brasil tem tudo para se consolidar como o segundo maior exportador mundial de milho”, afirma Marques.

A China se manteve como principal comprador dos produtos agrícolas nacionais e aumentou suas importações, adquirindo US$ 5,3 bilhões em mercadorias, 33,9% a mais que no mesmo período em 2008 (US$ 3,96 bilhões). “A tendência é que a China, por estar em franco crescimento, siga aumentando suas compras. A União Europeia continua sendo um importante mercado, mas é mais maduro e com o consumo per capita de alimento estável”, diz o diretor.

Nas importações, o trigo manteve-se como o principal produto adquirido pelo Brasil.

Negócios na Monsanto

Na Monsanto, as importações e as exportações não sofreram tanto com a crise de acordo com a gerente da área, Alexandra Santos. “Como temos acordos globais e alguns negócios são intercompany, os efeitos da crise econômica mundial não foram tão sentidos.”

Como de costume, de janeiro a maio, houve um pico de exportação do herbicida Dry-Rup (granulado) para a Europa, pois a Monsanto do Brasil é exportadora mundial do produto. “Nossa maior queda em venda aconteceu nesse setor, pois os países europeus foram os mais afetados pela crise.” Para o próximo ano, serão mantidos os mesmos volumes praticados, na ordem dos US$ 90 milhões.

No caso das sementes, foram exportadas mais de 7 mil toneladas, num total de US$ 13 milhões de dólares. “O milho amarelo foi o produto mais vendido, principalmente para países da América Latina, como Paraguai, Bolívia, Venezuela e México”, afirma.

Segundo Alexandra, a partir de maio aumentaram as importações de químicos, como Transorb, glifosato técnico e surfactantes, para estoque. “Em setembro, começa a crescer a procura por esses produtos, devido ao preparo para a próxima safra.” A gerente adianta que as importações de químicos devem reduzir, pois a empresa pretende focar na produção local.
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