O Partido Comunista da China considera que o crescimento econômico do país é uma tarefa prioritária e o governo chinês vai manter a política de estímulo ante a crise, informou nesta sexta-feira a agência oficial de notícias Xinhua.
Ao fim da sessão plenária de quatro dias, o comitê central do partido destacou que "os fundamentos da recuperação econômica chinesa ainda não estão firmes e persistem muitos fatores de incerteza, tanto no exterior como na China".
"Manter um desenvolvimento rápido e estável é considerado a primeira tarefa econômica", afirma um comunicado do comitê, presidido pelo secretário-geral do partido e presidente da República, Hu Jintao.
Na semana passada, o porta-voz do Departamento Nacional de Estatísticas da China, Li Xiaochao, disse que a economia chinesa deve atingir neste ano a meta de crescimento de 8% do PIB (Produto Interno Bruto) prevista pelo governo. No segundo trimestre, a economia do país cresceu 7,9%.
No fim do mês passado, o estatal Centro de Pesquisa e Desenvolvimento previu que o crescimento econômico da China pode passar de 10% no primeiro trimestre de 2010, com uma política monetária afrouxada no curto prazo para dar suporte à recuperação.
O CNRD (Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, órgão responsável pelo planejamento econômico chinês), no entanto, avalia que a recuperação da economia da China continua instável, com exportações fracas.
A avaliação coincide com a que foi feita pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, também em agosto. Ele ressaltou que a economia do país é "instável" e afirmou que a China continuará com suas atuais políticas macroeconômicas.