A secretária Suellen Aleid escreveu um artigo rebatendo as críticas à situação da capital. Segundo ela, não há nenhum “caos” na saúde do município, e isso aconteceria se Cuiabá devolvesse todas as pactuações dos outros municípios para o Estado e cuidasse somente de sua população.
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“A saúde de Cuiabá passa sim por dificuldades. Passa, como todos os segmentos de saúde passam, desde a iniciativa privada, planos de saúde e saúde pública, do país inteiro, principalmente por questões de financiamento. Mesmo assim, em momento algum parou de atender ou fechou qualquer uma de suas unidades”, argumento Suellen.
De acordo com a secretária, mesmo com todas as dificuldades o município não quis devolver as pactuações, como fez Rondonópolis, que atualmente atende somente seus munícipes.
“Se a saúde de Cuiabá estivesse um caos, não teríamos altos números de atendimentos, consultas, exames e cirurgias, além de internações nos leitos de UTI adulta e pediátrica, onde passam tantas pessoas por dia. A rede municipal da capital realiza cerca de 65 mil procedimentos diários, nos mais variados níveis de atenção”, disse a secretária.
Segundo Suellen, 41,55% de toda a produção hospitalar de Cuiabá no âmbito da saúde pública é de pacientes de outros municípios, e o número da produção ambulatorial é ainda maior: 64,78% desses atendimentos são de pessoas de outros municípios.
“Se a saúde pública de todo o Estado estivesse organizada como tanto falam, qual é a justificativa desta demanda tão alta de atendimentos de pacientes advindos de outros municípios na capital, uma vez que deveriam ser atendidos nas suas regiões? A justiça precisa considerar este cenário e avaliar os dados”, concluiu.