Nos quatro anos de mandato, a bancada mato-grossense na Câmara Federal esteve com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) na maioria das votações de projetos. De acordo com a plataforma Radar do Congresso (aqui), o índice de alinhamento foi de 81%.

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No comparativo, Nelson Barbudo (PL) foi o mais bolsonarista dos parlamentares, já que votou de acordo com a vontade do Executivo em 98% das ocasiões, de acordo com os dados levantados até 7 de dezembro.

Fator surpresa nas eleições de 2018 – quando foi o mais votado em Mato Grosso, o alinhamento com o governo não trouxe resultado efetivo a Barbudo, que perdeu o pleito deste ano, ficando apenas com a primeira suplência do PL, que elegeu Abílio Júnior, Amália Barros e Coronel Fernanda, e reelegeu José Medeiros.

Medeiros, por sua vez, voltou a surfar na onda bolsonarista. Vice-líder de Bolsonaro, votou junto com o governo em 97% das votações.

O terceiro mais governista, em 95% das votações, foi o deputado cassado, Neri Geller (PP), que neste ano deixou a base governista para disputar vaga no Senado com o apoio da chapa presidencial Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB). Sem registro de candidatura, os votos do parlamentar continuam congelados.

No futuro governo federal deve ocupar cargo estratégico no Ministério da Agricultura que, provavelmente, será comandado pelo seu principal aliado, o senador Carlos Fávaro (PSD).

Outro deputado que decidiu apoiar o projeto de Lula foi Emanuelzinho (MDB), que em todo seu mandato esteve mais alinhado com a base bolsonarista, tanto é que votou a favor do Executivo em 85% dos projetos.

Além destes, quem também estiveram alinhados foram Dr. Leonardo (Republicanos), 88%; Juarez Costa (MDB), 86%; e Carlos Bezerra (MDB), 80%.

Única opositora, Rosa Neide (PT) foi a mais votada nas eleições deste ano, mas não se reelegeu, por conta da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB), que não conseguiu nenhuma cadeira na Câmara. Nos últimos quatro anos, votou com a base governista em apenas 25% das votações.