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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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explosivo em brasília

Mato-grossense é delatado e vira suspeito de planejar ato terrorista em Brasília

Foto: Reprodução

Alan (detalhe) tem esposa e dois filhos.

Alan (detalhe) tem esposa e dois filhos.

Preso por planejar atentado terrorista perto do Aeroporto de Brasília no último sábado (24), o empresário George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, relatou à Polícia Civil ter entregado o artefato explosivo ao mato-grossense Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32, que teria ficado responsável por levar o dispositivo para detonação. 


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George Washington é suspeito de montar um artefato explosivo em um caminhão de combustível. Em depoimento aos policiais, o homem disse que o ato foi planejado por manifestantes presentes no quartel do Exército em Brasília com objetivo de "dar início ao caos" e que pretendia alcançar a decretação de estado de sítio no país – quando há restrição de direitos e à atuação de Legislativo e Judiciário.

A localização do artefato aconteceu depois que o motorista de um caminhão-tanque percebeu o objeto estranho e acionou a Polícia Militar. A Instituição confirmou que o material era explosivo.

De acordo com a investigação, depois de montar o artefato, George entregou o objeto na noite de sexta-feira (23), para Alan Diego dos Santos Rodrigues, morador de Comodoro, que teria ficado responsável por levar o dispositivo para detonação.

Alan Diego foi candidato a vereador em Comodoro nas Eleições 2016 pelo PSD e também já trabalhou como taxista e eletricista. Ele é casado e tem dois filhos. As informações são de que ele já deixou Brasília. 

Em entrevista ao colunista da UOL, Chico Alves, um dos colegas de trabalho de Alan Diego na Astax (Associação de Taxistas) disse que ele sempre pareceu uma pessoa tranquila, embora fosse bastante influenciável.

"Que eu saiba, ele é um cara de boa. O problema é que vai muito pela 'pilha' dos outros", contou à coluna, por celular, Silvan Messiaro, motorista de táxi em Comodoro. "Só se foi no meio desse povo aí (manifestantes bolsonaristas) que colocaram ele no meio disso (refere-se ao atentado)."

"Ele era Bolsonaro, mas não lembro que tenha feito nenhum comentário mais agressivo antes. Usaram ele", diz Silvan, sobre Alan Diego. “Não tem dinheiro nem pra comprar um revólver. Estão usando o coitado”.

Investigação

Investigação revelou a ideia inicial dos criminosos de colocar o explosivo para detonar um poste, e assim prejudicar a distribuição de energia elétrica na capital. Mas, de última hora, a decisão acabou sendo por colocar o objeto em uma caixa apoiada no caminhão, que estava carregado com querosene de aviação.

Em entrevista coletiva, o delegado-geral da Polícia Civil, Robson Candido, afirmou que o grupo chegou a acionar o dispositivo, mas ele não explodiu. "A perícia nos relata que eles tentaram acionar o equipamento, mas não sei por que, talvez até por ineficiência técnica deles, não conseguiram explodir. Mas a intenção deles era explodir esses outros materiais sim e novamente causar, como eu disse, causar tumulto, né?"

Aos policiais, o bolsonarista disse que veio para a capital em um carro próprio e trouxe parte do arsenal. Segundo a corporação, ele é registrado como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), mas estava com a documentação irregular e não podia portar o material.

O delegado-geral da PCDF também confirmou que a motivação do crime foi ideológica.

"[O homem] veio justamente para participar das manifestações lá no QG, né, que assim eles intitulam. Ele faz parte desse movimento de apoio ao atual presidente. E eles estão aí nessa missão ideológica, mas que saiu do controle. E as autoridades policiais, principalmente aqui em Brasília, nós iremos tomar todas as providências. Iremos prender qualquer um que atente contra o Estado Democrático de Direito, principalmente com ameaças e, principalmente agora, com bombas."

"Tem outras pessoas envolvidas. Também serão identificadas e serão presas, como ele. Nós não iremos aceitar aqui em Brasília, capital da República, esse tipo de atitude de extremismo político", disse Robson Cândido.
 
 
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