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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Máfia transforma mar Mediterrâneo em depósito de lixo tóxico

Um carregamento de galões radioativos, descoberto em frente à costa italiana, confirma revelações de um ex-mafioso da Calábria região da extremidade sul da Itália e preocupações de associações ambientais sobre a presença de resíduos tóxicos no mar Mediterrâneo.


Foi graças ao depoimento de um membro arrependido da Ndrangheta (máfia da Calábria), Francesco Fonti, que as autoridades italianas localizaram, no sábado passado (12), os restos do cargueiro Cunsky, afundado em 1992 pela própria organização criminosa na costa calabresa.

As revelações, feitas perante um magistrado antimáfia de Milão, remontam a 2006. No entanto, foi necessária a intervenção de um promotor da Calábria, Bruno Giordano, e a mobilização de equipes sofisticadas que incluíam o uso de um robô para recuperar o carregamento, três anos depois. Eram 120 galões de lixo radioativo, que jaziam a 500 metros de profundidade.

"Ainda não sabemos a origem dos resíduos, mas é provável que venham do exterior. É um primeiro passo", disse Giordano.

A descoberta é também um primeiro passo que pode levar a outras surpresas desagradáveis: o Cunsky, uma das 32 embarcações afundadas pela máfia no Mediterrâneo, levava a bordo produtos tóxicos como o tório 234, o plutônio e o sulfato de amônia, indicou o promotor da Reggio Calabria.

"Segundo as confissões de mafiosos arrependidos, a Ndrangheta foi paga nos últimos vinte anos para jogar resíduos radioativos no mar", indicou Sebastián Venneri, vice-presidente da Legambiente, organização de defesa do meio ambiente que denunciou o caso junto ao Greenpeace.
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