O futuro ministro da Agricultura, senador Carlos Fávaro (PSD), disse que firmou de maneira informal com Renan Filho (MDB/AL) - que comandará a Pasta dos Transportes no governo Lula (PT) - um compromisso de vir até Mato Grosso para identificar os principais gargalos na área de logística do Estado. Conforme explicou, o objetivo é ampliar as opções de escoamento da produção do agronegócio para desafogar a malha viária estadual.
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"Ontem conversei informalmente, um primeiro contato claro, com o ministro Renan Filho - um experiente tocador de obras -, e eu disse a ele que Mato Grosso tem grande produção de commodities, que têm baixo valor agregado e, portanto, sofre muito impacto com o valor do frete. Frete significa inflação e comida cara na mesa das pessoas. Tive dele um compromisso de em breve vir ao Estado conhecer nossa infraestrutura e nossas carências. Vamos trabalhar juntos em prol de ferrovias, de portos, das estradas e de pontes para que possamos levar o direito de ir e vir mais eficiente, não só para a agricultura, mas para o transporte escolar, polícia, ambulâncias, todos que dependem de uma logística melhor", afirmou o senador, em entrevista ao programa Bom Dia Mato Grosso, na manhã desta sexta-feira (30).
Nos últimos quatro anos, Mato Grosso recebeu muitas promessas do Governo Federal na área de infraestrutura e logística, mas poucos resultados foram vistos e o Estado teve de assumir, inclusive, a competência sobre rodovias federais. O mais recente, a aquisição da BR-163 que passará a ser administrada pela MT Participações, empresa ligada à gestão do Estado.
Outro caso que merece destaque é a construção da 1ª Ferrovia Estadual, uma obra inédita que será tocada pelo Governo de Mato Grosso e que, quando anunciada, provocou embaraço entre o governador Mauro Mendes (UNIÃO) e o então ministro da Infraestrutura, Tarcisio de Freitas (Republicanos) - que temia a pecha de "incompetência" da gestão Bolsonaro com o ato.
Fávaro e Renan Filho foram anunciados como ministros de Lula nesta quinta-feira (29) e já assumem os cargos na próxima semana.
O mato-grossense terá como primeiro desafio superar o desgaste com o setor, que é majoritariamente bolsonarista e que chegou a emitir notas contestando sua indicação para o Ministério. Além disso, deverá também criar uma linha de diálogo com o governador Mauro Mendes, com quem ainda mantém rusgas desde a campanha eleitoral.
