A decisão da presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, suspendendo a intervenção do governo estadual na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Capital já gerou comemoração entre servidores exonerados, que chegaram a soltar fogos de artifício em frente a sede da pasta, no bairro Duque de Caxias, no fim da manhã desta sexta-feira (6).
Informações obtidas pelo Olhar Direto no local apontam que o interventor, Hugo Fellipe, nomeado pelo governador Mauro Mendes (União) na semana passada, chegou a sair pelos fundos da SMS, logo que tomou conhecimento da decisão, acompanhado pelos seguranças que solicitou desde que assumiu a função; o procurador do Estado já estaria de volta a sua sala.
Ainda conforme apurado pela reportagem, o ex-secretário-adjunto de Gestão da pasta, Gilmar Cardoso, foi até a sala do interventor e teria sido ameaçado de prisão pelos seguranças, caso entrasse no local. A comemoração (regada até com garrafa de champanhe) e abordagem do ex-adjunto fizeram com que o clima na SMS ficasse tenso, já que servidores do Gabinete de Intervenção ainda estariam na repartição.
Logo após a soltura dos fogos, equipe da Rotam (Batalhão de Ronda Ostensiva Tático Metropolitana) foi acionada por vizinhos (região cercada por clínicas médicas e veterinárias) e chegou ao local, para fazer a segurança do prédio e evitar qualquer confusão. Ao menos três militares armados estão na porta para evitar a entrada de pessoas; alguns estão dentro do prédio e outros no entorno, do lado de fora.
Com a chegada dos militares, o prédio da secretaria foi bloqueado, com isso, servidores e contribuintes não poderão, pelo menos por hora, entrar na sede da SMS.
Minutos após deixar o prédio e com a chegada dos policiais militares, o interventor voltou à SMS e só irá deixar a função quando o Paiaguás for oficialmente notificado da decisão da presidente do STJ. A chave do prédio está sob poder de um dos seguranças de Hugo.
Servidores estão na recepção da secretaria reclamando do fato de terem saído para almoçar fora do prédio e agora, com o bloqueio militar, estarem proibidos de pegar seus pertences em suas respectivas salas de trabalho. A internet da repartição também teria sido cortada, logo após a divulgação da decisão de Maria Thereza.
"A Polícia Militar tem esse papel de fazer mediações de situações e acalmar as pessoas para que entendam melhora qual o papel do Estado numa visão mais ampla. Ficamos sabendo da decisão judicial e agora tem todo um processo. É preciso que as pessoas respeitem o tempo necessário de o oficial de Justiça fazer a assinatura dos documentos e notificação do Estado", afirmou o tenente-coronel Dias, comandante do 10º Batalhão, ao Olhar Direto.
Dias refutou a informação de que servidores estão proibidos de entrarem no prédio e garantiu que a PM permanece no local para trazer tranquilidade. Ainda de acordo com o tenente-coronel, policiais também foram enviados para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde servidores comemoram.
Atualizada às 12h18min.
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