"Demonstra união e que não toleramos esse tipo de coisa". A fala é do governador em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos), em entrevista ao
Olhar Direto, sobre a reunião com o presidente Lula (PT) após os ataques terroristas e antidemocráticos de domingo (8), em Brasília. Com a ausência de Mauro Mendes (UNIÃO), Pivetta representou Mato Grosso na reunião que começou no Palácio do Planalto e terminou no Supremo Tribunal Federal (STF).
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A reunião com chefes de estado e membros da Federação aconteceu na noite de segunda-feira (9) e Otaviano Pivetta classificou o ato de Lula como algo carregado de simbolismo. "A reunião é um simbolismo, um ato simbólico que demonstra união e reuniu o Brasil todo, uniu todos os governadores da extrema direita e esquerda, para manifestar sobre um tema que demonstrou que está todo mundo do mesmo lado, todo mundo quer um estado brasileiro democrático e estado sem essas atitudes extremistas. Ficou claro e nossa ida foi para demostrar essa união", disse Pivetta ao Olhar Direto.
Na oportunidade nem todos os governadores falaram. Pelo Centro-Oeste, quem teve direito a fala foi a governadora em exercício pelo Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas). A fala dela foi em torno da união e para justificar a posição do governador afastado Ibaneis Rocha sobre os ataques de domingo.
Durante a eleição de 2022, Pivetta confirmou que seu apoio total era para o candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL). Porém, em entrevista ao OD, o governador confirmou que não apoia esses tipos de atos e confirmou que a quebradeira em Brasília é um verdadeiro atentado extremista.
"Lá (em Brasília) está tudo quebrado. Tudo mesmo. Esse ato, esse resultado é algo que eu não coaduno. O que foi feito foi um atentado contra o Estado. As instituições são apenas o símbolo, as instituições que embasam o estado, e tudo foi destruído. Por pior que venha ser qualquer governo, não dá mais para tolerar isso. O que aconteceu é falta de democracia seja de esquerda ou direita. Por isso, com a reunião marcada ontem a demonstração foi unânime de que não toleramos esse tipo de coisa”, disse Pivetta.
Pivetta ainda terminou a entrevista dizendo que ao reunir os 27 governadores, fica demonstrado que apesar das diferenças, o que se espera desse governo é uma política de aproximação. “isso ficou demonstrado ontem, apesar das diferenças, a metade se elegeram na base do ex-presidente, mas sobre esse episódio todos se mostraram contra e esperamos aproximação dos estados por parte do novo presidente Lula”, concluiu.