Acusado de planejar e tentar executar a explosão de uma bomba nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília na véspera do Natal, o bolsonarista Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32 anos, estava escondido na zona rural de Vila Bela da Santíssima Trindade, que fica a 269 Km de Comodoro, município onde morava e se entregou por volta das 14h40 desta terça-feira (17).

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De acordo com o delegado Ricardo Marques Sarto, que cumpriu os dois mandados de prisão contra o apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Alan foi convencido a se apresentar e foi até a delegacia sozinho. Ele passará por exame de corpo de delito e irá aguardar audiência de custódia, além da manifestação da Justiça Federal, que trata do caso.

“A Polícia Civil de Mato Grosso, desde que teve conhecimento da expedição do mandado de prisão não descansou em diligencias até a localização do suspeito. Na semana passada realizou busca em área rural próximo a Vila Bela, pois havia informação de que ele poderia estar naquele local. E conseguiu estabelecer contato com um popular que, em tese, poderia ter contato com Alan. Diante de algumas argumentações e fatos, tentamos convencê-lo a se entregar à delegacia, para que responda pelos atos que praticou”, disse o delegado.

Réu

Na semana passada, Alan e outros dois extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - George Washington de Oliveira Souza e Wellington Macedo de Souza - se tornaram réus, por ordem do juiz Osvaldo Toavani, da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal.

Eles foram acusados do crime de explosão, previsto no artigo 251 do Código Penal. Em caso de condenação, a pena é de três a seis anos de reclusão e multa. 

O juiz levou em conta a confissão feita por George Washington Souza. Ele disse que gastou R$ 170 mil com armas para um possível atentado e acusou Alan Diego dos Santos de ser seu parceiro.

Já Wellington Souza teria sido o responsável por colocar a bomba no caminhão que foi encontrado pela polícia nos arredores do aeroporto de Brasília. Além do crime de explosão, o trio responde por terrorismo em um processo que tramita na Justiça Federal. 

No domingo (15), o Fantástico, da TV Globo, mostrou imagens de câmeras de segurança que flagraram o momento em que o mato-grossense deixou uma bomba caseira em caminhão de transporte de combustíveis, em posto próximo ao aeroporto de Brasília.