Presidente do PL de Mato Grosso, senador Wellington Fagundes afirmou que o deputado federal eleito Abílio Brunini pediu socorro ao Diretório para evitar punições após divulgação de vídeo minimizando ataques terroristas na Câmara. Segundo Fagundes, a mediação está sendo liderada pelo líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes, mas a decisão final sobre o caso será de Arthur Lira (PP), que já disse em coletiva de imprensa que Abílio deverá ser responsabilizado.

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Lira disse na última segunda-feira (16) que deputados que estavam negando ou minimizando a quebradeira na Câmara no dia 8 de janeiro seriam chamados à responsabilidade. Questionado se falava de Abílio, respondeu que sim.

Segundo Wellington, após a declaração de Lira, Abílio o procurou e pediu que o partido intervisse na situação. “Nós já conversamos com ele sobre isso, tanto é que ele pediu nossa mediação com o presidente da Câmara. Houve um entendimento para que ele não repita isso e o deputado Altineu, que é o líder do PL na Câmara, já teve essa conversa com o deputado Arthur lira. E claro, ao invés de ter sanções foram feitos aconselhamentos. Mas isso [ser oficialmente acionado pela Câmara] é uma decisão da Câmara, não é do PL”, disse.

Wellington avaliou, por fim, que faltou maturidade de Abílio e que o caso deverá servir de aprendizado para o futuro parlamentar. “Eu já fiz muita coisa que depois aprendi que deveria fazer diferente”, minimizou.

Entenda o caso

Conforme noticiado pelo Olhar Direto, Abílio gravou um vídeo no Salão Verde da Câmara na semana passada minimizando os ataques ao Congresso Federal. Na ocasião, o parlamentar eleito foi repreendido por uma mulher que se apresentou como “apoiadora do PT”. As imagens ganharam o Brasil e o mato-grossense vem sendo fortemente criticado.

No vídeo, Abílio caminha por diversas regiões do prédio e afirma que "praticamente não houve nenhum estrago" na Casa Legislativa. Em um determinado momento, uma mulher, que se identificou como uma apoiadora do Partido dos Trabalhadores (PT), se aproxima do parlamentar e rebate as falsas declarações de que nada havia sido quebrado.

"Você está dizendo que nada aqui está quebrado? Claro que está. Aqui tem muita destruição. Como uma pessoa dessa entra no Congresso", diz a mulher.

Ao todo foram mais de 16 minutos de gravação em que Abílio faz declarações mentirosas sobre a destruição do Congresso.