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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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POLÊMICA NACIONAL

'Banco Central independente não significa imunidade a críticas', afirma Emanuelzinho ao questionar alta taxa de juros

Foto: Assessoria

'Banco Central independente não significa imunidade a críticas', afirma Emanuelzinho ao questionar alta taxa de juros
Vice-líder do Governo, o deputado federal Emanuelzinho (MDB) endossou o discurso do presidente Lula (PT) contra a alta taxa de juros do país, em 13,75% ao ano, definida pelo Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto. Em discurso na tribuna nesta terça-feira (07), o emedebista afirmou ainda que a autonomia do BC não significa imunidade às críticas.


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O assunto tem tomado as manchetes no país. Lula tem reclamado que não é possível fazer com que o país volte a crescer com a atual taxa de juros e afirmou que o BC é o responsável pelo atual cenário. O presidente chegou a afirmar que, no seu mandato, poderia rever o atual modelo de autonomia do Banco Central.

“Banco Central independente não significa imunidade a críticas. Banco Central independente, não significa inquestionável. Nós temos uma taxa de juros de 13,75% ao ano, sem nenhuma pressão inflacionária que justifique, a não ser o capital especulativo que rende a partir de uma taxa de juros dessa altura”, afirmou Emanuelzinho.

Ainda em sua fala, o mato-grossense destacou que o Brasil se transformou em um “fazendão”, onde não há investimento na industrialização. Tal política, segundo Emanuelzinho, faz com que o país fique totalmente dependente do mercado internacional, por conta da venda de comodities.

“Temos um Brasil que está virando um fazendão, que só vive da exportação da proteína animal, minério e outras comodities, que são sempre voláteis aos preços internacionais, diferente da indústria nacional. A indústria, quando há choque de demanda, ela ajusta em relação a oferta. A comodities não, quando há choque de demanda, se ajusta o preço. Daí, o Brasil fica sempre refém de ciclo positivo ou negativo de comodities”, opinou.

Segundo o deputado, apesar de prejudicada com a alta taxa de juros, a indústria ainda é o setor que mais emprega e que mais bem remunera. Nos últimos dez anos, de acordo com o emedebista, quase 30 mil indústrias foram fechadas no país, uma média de 17 por dia. “Isso se reflete na nossa vulnerabilidade no cenário internacional, na questão dos fertilizantes, por exemplo. 80% dos fertilizantes que importamos são da Rússia. Há uma guerra com a Ucrânia, uma diminuição da oferta e sobe o preço, fazendo com que o Brasil tenha inflação devido a esse cenário internacional, de dependência das comodities”.

Por fim, Emanuelzinho afirmou que o país está na contramão da história, já que muitos países da Europa estão no processo de desindustrialização positiva, migrando para o setor de serviços. “No Brasil, nem da industrialização necessária passou. Precisamos focar na industrialização do país”.

 
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