O comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Alexandre Corrêa Mendes, confirmou a aquisição de 800 armas não letais, que devem ser entregues entre os meses de março e abril. A aquisição foi feita após a morte de Diego Kaliniski, de 26 anos, e Pablo Ferreira de Carvalho da Silva, de 25 anos, ambas ocorridas durante abordagens da Polícia Militar. Nesta quinta-feira (16) foram entregues diferentes itens não letais, como munições de borracha, granadas com gás lacrimogêneo e outros.
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Em entrevista à imprensa, Mendes declarou que ambos os casos ocorridos nas últimas duas semanas foram pontuais e não representam a maioria das abordagens realizadas pelos militares. Para o comandante-geral, a morte de Diego, ocorrida no município de Vera (374 km de Cuiabá), foi resultado de uma série de erros também do Poder Público Municipal.
"Lá na cidade de Vera, foi algo pontual, como já disse, nenhum policial militar sai para rua para matar alguém. E ninguém sai para se divertir com vontade de voltar em um caixão. Alí foi alguns erros que ocorreram e agora cabe ao Poder Público Municipal e algumas autoridades juntar forças para que aquilo não se repita", disse o coronel durante o lançamento da Operação Carnaval, realizada nesta quinta-feira (16).
Questionado sobre a possibilidade de realização de novas capacitações com o efetivo que atua nas ruas, Mendes rebateu dizendo que as formações são feitas constantemente. O coronel destacou que toda a programação de ações educativas é feita por uma Diretoria de Ensino, chefiada atualmente pelo Coronel Paulo César da Silva.
"As capacitações na Polícia Militar são constantes, então não é porque aconteceu algo A, B ou C que nós vamos chamar para uma capacitação. Nós temos uma diretoria de ensino, que monta uma programação anual, onde os policiais militares vêm do interior para a capital com o objetivo de passar por capacitações", respondeu.
Durante o lançamento da Operação, também foram entregues materiais não letais para uso dos mais de 2 mil policiais que devem atuar nas ruas durante o Carnaval. Na ocasião foram entregues 37 mil munições de borracha, 750 granadas carga múltipla lacrimogênea, 750 granadas lacrimogêneas tríplice hypper e 240 granadas lacrimogêneas rubberball.
"Nós já entregamos para todas as regionais espingardas calibre 12, essas espingardas podem ser utilizadas também com munições anti-motim, para a dispersão de grupos, podendo ser usada em situações onde não precise ser utilizada a munição real. Hoje nós estamos entregando aqui, materiais químicos que são utilizados para dispersão de pessoas", disse Mendes.
