O governador Mauro Mendes (UNIÃO) rebateu as criticas em relação ao seu pedido para administrar o Parque de Chapada dos Guimarães, que atualmente está sob concessão para a iniciativa privada. Ele aguarda o aval do Ministério do Meio Ambiente, mas vem enfrentando resistência por parte de ambientalistas que questionam se a medida não poderá enfraquecer os mecanismos de controle e fiscalização sobre a Unidade.

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“Eu não pedi estadualização. Eu pedi uma concessão para o Estado cuidar do Parque. Isso [mudança da gestão] não muda absolutamente nada [na lei]. Quem fala isso não entende um milímetro do que diz a lei federal. É uma bobagem. Tá falando pelos cotovelos. A lei federal não vai mudar porque alguém está no exercício do mandato de uma concessão. As pessoas falam muita bobagem. O Governo de Mato Grosso tem um rol de investimentos previstos para o turismo e o Parque de Chapada faz parte disso”, defendeu o governador.

Mauro Mendes refutou, ainda, as acusações divulgadas pela revista VEJA nesta semana, feitas pelo deputado Valdir Barranco (PT), sobre supostos interesses comerciais que ele teria sobre a área.

De acordo com a reportagem, Barranco teria levado ao conhecimento da ministra Marina Silva uma denúncia sobre uma suposta prática de garimpo ilegal dentro do Parque. A atividade estaria sendo promovida por uma empresa da qual Mauro Mendes é sócio.

O governador admitiu ser sócio da companhia, mas afirmou que a empresa opera a 3km da área de amortecimento definida pela legislação para que atividades com esta finalidade sejam realizadas.

“O deputado Barranco mentiu! É lamentável um deputado fazer isso. Se a VEJA não mentiu, o deputado mentiu. Porque aquilo é uma mentira. A empresa que temos lá é uma atividade mineral que tem há 30 anos naquele local. Nós estamos nela há 10 anos. E está 3km fora da área de amortecimento. Então, não tem nenhum problema. E é lamentável que um deputado faça uma mentira descarada e irresponsável como fez o Barranco”, disparou o governador.

“O problema é que as pessoas medem os outros pela régua delas. Tem muita gente que por aí que gosta de fazer malandragem e tudo que vê alguém fazendo acha que tem malandragem por trás”, acrescentou.

Mauro disse, ainda, não ter objeções a uma eventual amarra contratual – caso o Ministério do Meio Ambiente autorize a mudança da concessão – que o impeça de alterar as regras e fiscalização do local. “Se quiser poder fazer o que quiser. Mas será redundante. Já está na Constituição”.

Por fim, ele respondeu às sugestões feitas pela Comissão Especial da Assembleia Legislativa que analisa a PEC que pretende proibir a criação de novas Unidades de Conservação no Estado. Os deputados argumentaram, durante sessão nesta terça-feira (28), a falta de investimentos em parques que já estão sob a administração do Estado. “Se eu gastar R$ 200 milhões lá no Parque Cristalino, a 1.000km daqui, quem é que vai lá?”, refutou o governador.