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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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PROTESTO ESVAZIADO

Paixão por Lula e o sonho da casa própria: o que levou uma multidão de 5 mil pessoas ao Residencial Celina Bezerra

Foto: Marcos Salesse / Olhar Direto

Paixão por Lula e o sonho da casa própria: o que levou uma multidão de 5 mil pessoas ao Residencial Celina Bezerra
Diferentes motivos levaram aproximadamente 5 mil pessoas, na última sexta-feira (3), ao evento de entrega das chaves do Residencial Celina Bezerra, em Rondonópolis (212 km de Cuiabá). Da paixão pelo presidente Lula (PT) ao alívio de receber a chave da casa própria, diferentes sentimentos mobilizaram um público diverso e atento às palavras do presidente, que além de entregar algumas das chaves, também discursou. Na ocasião, foram entregues 1.400 apartamentos pelo programa "Minha Casa, Minha Vida". 


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Ainda na entrada do evento, em meio a um forte esquema de segurança, Jovanir Francisco dava passos lentos em direção a um momento que esperou por mais de 13 anos. Sua presença no local tinha um objetivo que também pode ser entendido como sinônimo de esperança: a chave da casa própria. 

"Tô muito feliz. Já tem mais de 13 anos que estou esperando essa casa e não consegui e glória Deus agora eu consegui. É uma emoção que nunca tive na vida, é uma esperança que a gente sempre espera e graças a Deus, consegui", declarou. 

Jovair Franciso próximo da entrada principal do evento de lançamento do residencial. | Foto: Marcos Salesse/Olhar Direto

Do outro lado, já próximo do palco onde Lula discursou, a estudante de História, Bruna Farias, aguardava ansiosa a chegada do presidente. Eleitora do Partido dos Trabalhadores desde o dia em que tirou o Título de Eleitor, a estudante declarou que se sentia representada pelas políticas públicas do petista. 

"Desde de que eu tirei meu título só votei em pessoas do PT. Não por alienação, mas por acreditar que minha classe estava sendo representada. Ver o Lula hoje é a ascensão da minha classe", argumentou. 

Com lágrimas nos olhos, Bruna ainda lembrou dos momentos de dor que enfrentou durante a pandemia da Covid-19. Em meio a tensão política e social, embaladas por uma polaridade entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Lula, a estudante perdeu seu pai, vítima da doença infecciosa que tirou a vida de mais de 15 mil mato-grossenses. 

"O último governo foi muito cruel com a população, lembro muito bem de uma frase do meu pai, que quando ele ganhou disse que 'muita gente iria pagar por aquele momento'. Infelizmente ele foi uma das pessoas que pagou, morreu por conta da Covid-19, então ver o Lula hoje é reafirmar que pessoas como eu tem o direito de estar onde quer estar, tem direito a estar vacinado, tem direito a segurança, tem direito de estar vivo. É uma emoção", comentou Bruna. 
 
Bruna Farias já na plateia "fazendo o L" enquanto aguardava a chegada de Lula | Foto: Marcos Salesse/OlharDireto

Próxima das grades que separavam o espaço do público e das autoridades, Regiane da Silva desafiava as regras da segurança e por conta de um cartaz foi convidada pelo próprio presidente para subir no palco e tirar uma foto. De pé desde às 4 horas da manhã, Regiane se esforçou para chegar perto de Lula. 

"Acordei quatro horas da manhã, vim para cá. Briguei com a minha chefe, com todo mundo para poder vir. Não fui trabalhar hoje, e se quiser me mandar embora, que mande, mas vim ver 'papai'. Só agradeci a ele por tudo, agradeço pelo Bolsa Família, pelo 'Minha Casa, Minha Vida', já que ganhei minha casinha no Nelma. É um paizão", disse Regiane, enquanto pulava de alegria pelo registro fotográfico com o presidente. 
 
Regiane da Silva segurando o cartaz que chamou a atenção de Lula antes do encerramento do evento. | Foto: Marcos Salesse/OlharDireto

Passagem por Rondonópolis 

Depois de 20 anos, Lula voltou a cidade para participar da cerimônia de entrega das chaves de 1.440 casas populares do Residencial Celina Bezerra. Em Rondonópolis, o petista se emocionou com discurso do prefeito Zé Carlos do Pátio (PSD), que falou sobre a creche nomeada em homenagem a Arthur, neto de Lula que morreu aos sete anos. 

Lula também plantou a primeira árvore do conjunto habitacional: um Ipê amarelo. No discurso que fez durante a solenidade, o petista falou sobre a fome e lembrou da fila do ossinho. Para ele, é inexplicável a cena de dezenas de pessoas esperando por doações de ossos ser realidade em Mato Grosso, um dos maiores produtores de gado e grão do país. 

"Foi aqui nesse Estado, que é um dos maiores criadores de gado e produtor de grãos desse país, que aparece uma mulher na porta de um açougue recebendo osso para fazer sopa em casa. Não é explicável, no país que é o terceiro produtor de alimento do planeta, o maior produtor de proteína animal do mundo, termos 33 milhões de pessoas passando fome".

Protesto esvaziado

Um pequeno grupo de bolsonaristas se concentraram em frente ao Parque de Exposições de Rondonópolis para adesivar carros e seguir até o residencial. Usando verde e amarelo e camisetas com a frase "Fora, Lula", os manifestantes também seguram faixas contra o governo petista. 

Entre eles, uma dupla expôs a faixa "Lula Ladrão, seu lugar é na prisão!". Eles ainda questionam o fato de o conjunto ter sido finalizado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Já dentro do evento, o deputado federal Abilio Brunini (PL) precisou ser escoltado até a saída após provocar os presentes que manifestaram apoio ao presidente Lula. O parlamentar tentou argumentar que, por ser deputado federal, não aceitaria ser retirado do evento, no entanto, ele foi escoltado pela equipe de segurança até a saída.

 
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