O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, rebateu as críticas por ter viajado para o Rio de Janeiro (RJ), no dia seguinte em que bandidos fortemente armados tocaram o terror em Confresa (1.160 Km de Cuiabá), invadindo o quartel da PM, fazendo reféns e tentando arrombar cofre da Brinks, empresa de transporte de valores.

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Por meio de nota, o coronel afirmou que apesar de estar em outro estado atuou no comando das ações para capturar os criminosos que fugiram para o Tocantins. Na segunda -feira (10), ele viajou para a capital fluminense, por conta de uma feira de Segurança Pública, denominada  LAAD Defence & Security 2023.

"Em respeito à verdade dos fatos e por crer que nessas horas ações falam mais que palavras, é que venho de forma precisa ressaltar que, em nenhum minuto, desde a primeira informação chegada de Confresa no domingo, este comandante deixou de agir direta e firmemente na condução estratégica das ações da PMMT; o que é seu dever inegociável e pelo qual empenharia a vida", diz trecho da nota.

De acordo com Mendes, é desaconcelhado a ação do comandante-geral no local da ocorrência, já que é exigido o devido distanciamento operacional para a tomada de decisão sem paixões, tecnicamente.

"Desde os primeiros momentos tomamos todas as providências, inclusive determinando o apoio imediato das Forças Táticas de Barra do Garças, Água Boa, Sinop, Cuiabá e Várzea Grande. Orientando a todos. Determinando o deslocamento imediato dos PMs do Bope via aérea e terrestre, a comando do comandante do Bope", declarou.

"Portanto, se o comandante-geral não está fisicamente em Confresa é porque operacionalmente é a melhor decisão. Cabe-nos, assim, o direcionamento, suporte e respaldo à tropa de guerreiros que lá se encontra, fatores tais sob meu total controle de forma ininterrupta desde domingo.  Por fim, não nos cabe angariar holofotes, nem 'caçar likes', mas caçar legalmente com toda energia àqueles que ousaram tocar em nosso brio ao invadir uma cidade de nosso Estado", completou.

Mendes ainda  ressaltou que ainda no domingo designou Cel Roque, diretor de Inteligência da PM, para ir ao local dos fatos de modo a coordenar a operação, já que o militar foi comandante do Bope nas Operações do Novo Cangaço.

Entre outras ações, o comandante determinou a instalação imediata do Gabinete de Crise da PM a comando do Cel Wilker, sub chefe do Estado Maior, onde, em conjunto com outras instituições da Segurança Pública está processando todas as informações que chegam da operacional.

A viagem

Sobre a viagem, Mendes explica que o evento debate ações de enfrentamento integrado das Polícias Militares no combate das organizações criminosas, tendo como caso concreto os ataques registrados no mês passado em Rio Grande do Norte.

"Lamento sobretudo insinuações acerca da viagem ao RJ, onde, dentre outras, ações no enfrentamento ao episódio de Blumenau, com os demais Comandantes-Gerais do país, estão sendo definidas (neste momento) de modo a prevenir tragédias semelhantes com nossas crianças e adolescentes em Mato Grosso", declarou. 

Segundo ele, o evento conta com a participação de todas as forças de segurança pública do Brasil e Mato Grosso tem as suas representações com os respectivos dirigentes da PM , Polícia Judiciária Civil, dentre outras. 

"Quero pontuar que nesses 28 anos de atividade policial militar, sempre estive à frente da tropa sob meu comando, dando o devido respaldo e exemplo. Portanto, não seria nesta ocasião tão importante, que a PMMT não teria cada passo sob minha ciência, orientação e Comando", pontuou.