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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Cardiologista alerta para perigos à saúde do coração com uso de anabolizantes e hormônios para ganho de massa

Foto: Rogério Florentino - Olhar Direto

Cardiologista alerta para perigos à saúde do coração com uso de anabolizantes e hormônios para ganho de massa
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma determinação no Diário Oficial da União (DOU), na última terça-feira (11), que proíbe a prescrição médica de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes (EAA) com finalidade estética, para ganho de massa muscular e/ou melhora do desempenho esportivo. Diante da repercussão da medida, o médico cardiologista, Dr. Juliano Slhessarenko, explica os problemas à saúde que os hormônios podem ocasionar.


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“As pessoas que usam anabolizantes ou a testosterona e seus similares para ganho de massa muscular, para um fim mais estético precisam entender que o uso desses hormônios, em excesso, pode provocar casos de hipertrofia do coração, principalmente no uso prolongado, de uma forma irreversível”, explica o cardiologista.

Já em vigor, a norma destaca a inexistência de estudos clínicos de boa qualidade metodológica que demonstrem a magnitude dos riscos associados à terapia hormonal em níveis acima dos fisiológicos, tanto em homens quanto em mulheres.

O CFM também chama a atenção para os riscos potenciais do uso de doses inadequadas de hormônios e a possibilidade de efeitos colaterais danosos, ainda que com o uso de doses terapêuticas. O Conselho apontou ainda que há necessidade de maior preocupação em casos de deficiência hormonal não diagnosticada apropriadamente, seguindo diretrizes e recomendações em vigor.

Segundo o médico, a hipertrofia do coração pode gerar arritmias cardíacas, enrijecimento dos vasos sanguíneos, que podem provocar uma hipertensão, além do aumento do nível de triglicerídeos, e colesterol, levando ao risco de infartos e formação de aterosclerose, uma obstrução nas artérias coronárias, que nutrem o coração.

“O uso do anabolizante, cronicamente, por exemplo, da testosterona, se ela é em grande excesso é como se o corpo reconhecesse que não há necessidade mais da produção do hormônio da testosterona, causando todos esses riscos, pois aumenta o nível de triglicerídeos e colesterol que vai se acumular no corpo da pessoa”, complementa.

Lembrando que a medida imposta pelo CFM é válida tanto para atletas amadores, quanto para profissionais, por inexistência de comprovação científica suficiente que sustente seu benefício e a segurança do paciente. 

Veja o vídeo com Dr. Juliano Slhessarenko:
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