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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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INQUÉRITO EM ANDAMENTO

PM que matou motorista de aplicativo confessou crime a delegado e responderá por homicídio

Foto: Reprodução

PM que matou motorista de aplicativo confessou crime a delegado e responderá por homicídio
O delegado André Ribeiro, responsável pelo caso do homicídio do motorista de aplicativo Marcelo Oliveira da Costa, declarou que o inquérito do crime deve ser finalizado em breve, após as oitivas com cerca de oito testemunhas e apuração de imagens. O suspeito, policial militar D.D.C.N., 36 anos, confessou o crime, entregou a arma usada e apresentou sua justificativa.


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Marcelo foi assassinado com um tiro na região do pescoço, em sua casa, localizada no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande. Além de motorista de aplicativo, ele era servidor concursado na Saúde Municipal de Várzea Grande e atuava como atendente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Vila Ipase.

De acordo com o suspeito, ele cometeu o crime após sua companheira, I.C.S., 29 anos, relatar que teria sofrido uma tentativa de estupro durante uma corrida de aplicativo. Ela afirmou que o motorista teria mudado a rota da corrida para uma rua com matagal e isolada, a ameaçando com uma arma de fogo e tentando cometer o ato sexual. 

A mulher teria pulado do carro de Marcelo, pedindo ajuda para um grupo de senhoras que estava na calçada. Conforme relato, o motorista deu ré com o carro e falou com as mulheres, acendendo a luz interna do veículo, conforme apontam imagens de uma câmera de segurança.

Depois, a mulher foi para a casa da mãe e quando o marido chegou em casa, contou sobre o suposto assédio. O PM saiu de casa e após conseguir o endereço da vítima, foi até a residência de Marcelo, com um facão, para, supostamente, dar voz de prisão.

No entanto, o policial afirmou ter visto uma arma de fogo no interior do carro de Marcelo, pegou-a e ao ser questionado pelo motorista, acabou efetuando um disparo contra a vítima.

O delegado André Ribeiro disse que falta colher o depoimento das duas senhoras que conversaram com Marcelo e I.C.S. Elas já foram intimadas e deverão comparecer à Delegacia nos próximos dias. A versão do suposto assédio será investigada.

A família de Marcelo Oliveira protesta contra o depoimento do PM e sua companheira, inclusive, contra um programa de televisão que divulgou uma reportagem com o casal e suas versões, sem dar direito de resposta para os familiares da vítima assassinada.

“Eu quero limpar a imagem dele, ele não pode sair como assediador. Ele era um homem honesto. Teve uma emissora também que foi totalmente parcial e induziu ao crime, falando o que você faria num momento desse? Não me deram o direito de resposta, nem para a esposa dele. Não procuraram ninguém da família. Foi totalmente parcial”, disse a irmã de Marcelo, Patrícia Oliveira da Costa.

“Esse criminoso invadiu sua casa, assassinou ele na frente do seu filho de 8 anos e da sua esposa. Ele se achou no direito de tirar uma vida, de um trabalhador. E ainda plantar duas balas, para dizer que meu irmão tinha arma. Meu irmão não andava armado ilegalmente e nem tinha porte de arma. Eu quero justiça, são vários fatos que não batem”, completa Patrícia.

 
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