Como de costume, o governador Mauro Mendes (União) desconversou sobre eleições futuras e da possibilidade de o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), disputar uma vaga no Senado por Mato Grosso. Questionado sobre o rumor, afirmou que qualquer cidadão pode disputar um cargo eletivo caso tenha domicílio eleitoral e esteja em dia com a Justiça.

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“Me nego a falar de eleições 2024, imagina falar de 2026. Como governador e todos os agentes políticos temos o dever de trabalhar para entregar resultados. Ninguém vai arrancar de mim pronunciamento sobre eleição de 2024, só vou falar disso em 2024. Foi assim que falei todos os anos em que fui candidato e todas as vezes que tive exercício de um mandato. Somente no ano eleitoral vou me pronunciar. Em 2024 eu falo de 2024 e em 2026 eu falo de 2026”, declarou.

“Qualquer cidadão brasileiro que esteja de acordo com o que estabelece a legislação eleitoral pode ser candidato em qualquer lugar do país, desde que transfira o título, tenha residência eleitoral e esteja em dia com a justiça”, completou, dizendo que a candidatura ou não é uma avaliação que o próprio Bolsonaro deve fazer.

Os rumores de uma eventual candidatura em Mato Grosso surgiram neste final de semana, após nota na Coluna da Folha de S. Paulo. Bolsonaro teria dito a aliados com que se reuniu nos últimos dias que seu plano político é o de se lançar candidato a senador em 2026. Neste cenário, o plano do ex-mandatário é lançar a candidatura onde o bolsonarismo ainda é forte. Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal são considerados opções preferenciais.

Se escolher por Mato Grosso, Bolsonaro deverá enfrentar nas urnas justamente o antigo aliado, Mauro Mendes, que também trabalha para se lançar ao Senado nas próximas eleições.

No entanto, as chances de Bolsonaro ficar impedido de concorrer são grandes, já que na semana passada, a Procuradoria-Geral Eleitoral defendeu sua inelegibilidade devido a indícios de abuso de poder político em ataques feitos ao sistema eleitoral em reunião com embaixadores. Há ainda outras 15 ações contra ele no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).