O novo secretário de Saúde de Mato Grosso, Juliano Melo, comentou sobre o atual quadro epidemiológico do estado. Com enfermarias em estado de alerta, o secretário declarou que o aumento dos casos de dengue tipo 2 já é uma preocupação da pasta. Nestes casos, há maiores chances de reinfecção e também desenvolvimento de quadros graves da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Leia mais:
Falta de médicos em unidades da capital será relatada ao MPE, garante governador
Em entrevista à imprensa, Juliano afirmou que esta é uma época do ano considerada crítica para doenças como influenza e dengue. Segundo o secretário, o aumento do número de pacientes com síndromes gripais se deve a baixa adesão da população à vacinação.
"Esse é um momento crítico, nessa época do ano, tanto para influenza quanto para dengue. Basta procurar uma unidade de saúde e vocês vão ver o volume de pessoas que estão resfriadas com síndrome gripal. E a gente sempre alerta que boa parte das gripes de hoje tem vacina e isso pode complicar a nossa situação por conta da baixa cobertura", declarou nesta segunda-feira (17).
Com a última circulação em 2009, a dengue tipo dois também voltou a entrar no radar de preocupações da pasta da saúde. De acordo com Juliano, pelo fato de ser um sorotipo que voltou a circular recentemente, há maiores chances de novas pessoas desenvolverem a doença.
Especialistas apontam que o tipo de dengue mais comum no Brasil é o tipo 1, mas já há um número expressivo de casos da dengue tipo 2 em diferentes estados. Uma das principais preocupações está na facilidade do paciente em desenvolver quadros graves da doença e também apresentar reinfecção.
"A dengue também nos preocupa muito. É uma dengue tipo 2, que tem uma circulação recente no estado e isso pode trazer um problema ainda maior. Esse tipo de dengue pode levar a mais casos graves", acrescentou.
Sintomas e prevenção
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Ministério da Saúde, devemos suspeitar de dengue quando ocorre febre alta (40°C) acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça intensa, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares, náusea, vômito, inchaço nas glândulas e manchas pelo corpo.
O principal cuidado é o combate ao mosquito transmissor do Aedes Aegypti. As recomendações da OMS devem ser seguidas: cobrir, esvaziar e limpar semanalmente recipientes domésticos que possam armazenar água; aplicar inseticidas apropriados para recipientes de armazenamento de água ao ar livre.
