Em entrevista do programa Pânico, da Jovem Pan News, em São Paulo, o governador Mauro Mendes (União) afirmou que as acusações contra a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação ao desmatamento não eram verdadeiras. Segundo ele, os números dos primeiros meses do governo Lula comprovam que o desmate é um processo histórico.

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“Aquilo que se falava no governo Bolsonaro não era verdade e está comprovado agora que o desmatamento continua, pois é um processo histórico e não ideológico, como se tentou vender em determinado momento”, afirmou, nesta segunda-feira (24), recebendo apoio dos integrantes do programa, conhecido por fazer coro ao bolsonarismo.

A declaração foi dada após questionamento sobre o fato de os radares do Inpe terem apontado que 844,6 quilômetros quadrados da Amazônia foram ao chão nos três primeiros meses do governo Lula.  Esta é a segunda taxa de desmatamento mais alta da série histórica, só perdendo para igual período de 2022, último ano da gestão Bolsonaro.

De acordo com Mauro, apesar das mudanças de pensamento e práticas ambientais, muitos produtores ainda acreditam que é preciso desmatar para se tirar riqueza da terra.

“Em Mato Grosso, nos três primeiros meses do ano, 51% do que se desmatou é legal, está dentro da lei. Então, as pessoas estão aumentando o uso daquilo que a lei permite; no caso da Amazônia 20% da área e no Cerrado 65%. Desmatamento é um problema histórico, há mais de 30 anos os brasileiros foram levados para a Amazônia para desmatar, ocupar; o lema era integrar a Amazônia para não a entregar. O tempo mudou, mas essa herança histórica fica”, declarou.