Apesar de todos os alertas e campanhas sobre a necessidade de que as crianças utilizem dispositivos de segurança, cintos, assentos especiais e cadeiras específicas, a recomendação muitas vezes não é cumprida. A lei de trânsito brasileira e a de outros países vem se tornando cada vez mais rigorosa, porém nem sempre é seguida. Para dar respaldo aos argumentos legais, pesquisadores americanos do estado da Pensilvânia estudaram os dados recolhidos de acidentes ocorridos em quinze estados, no período de 1998 a 2002, envolvendo vítimas com menos de dezesseis anos. 

Os cientistas avaliaram as lesões sofridas pelas crianças e adolescentes, sua posição no veículo e o uso ou não de dispositivos de segurança. Os números são impressionantes: foram mais de onze mil acidentes estudados, com mais de dezessete mil crianças envolvidas, amostras suficientes para representar cerca de duzentas e trinta mil crianças em cento e cinquenta mil acidentes ocorridos.

As crianças sentadas no banco de trás e adequadamente protegidas foram as que apresentaram menor risco de lesões, e as no banco dianteiro sem proteção, as que sofreram o maior número de lesões, e as mais graves.

Transportar uma criança com um dispositivo inadequado para sua idade ou mal colocado aumenta em duas vezes seu risco de lesão em caso de acidente, e sem proteção alguma o risco sobe para três vezes quando comparado com as crianças transportadas corretamente.
Esses dados podem parecer óbvios, porém a avaliação de redução de riscos mostrou que a correta utilização dos dispositivos de segurança poderia ter evitado mais de mil casos de lesão. O resultado do estudo mostrou de forma matemática a razão de protegermos as nossas crianças de maneira correta ao transportá-las nos carros.