CALÇADAS: SEM RUMO E SEM PRUMO - Marisa Carvalho, 39, está com a perna direita engessada. Usa uma cadeira de rodas para conseguir se locomover. Aguarda uma cirurgia para recuperar fraturas no pé. Foi atendida no dia 01-Set-09 no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. Por falta de um aparelho de Raio X em funcionamento foi conduzida à Policlínica do Verdão. Saiu de lá com o gesso. Passou pela Central de Regulação. Marcada uma cirurgia para o dia 11-Set-09 no Hospital Geral Universitário, até hoje não obteve resposta. O Hospital estava com o sistema fora do ar. Continua, ou, ao menos parece. Não recebeu até ontem a resposta. Ao ser obrigada a deslocar-se numa cadeira de rodas percebeu um problema pior. Quebrou o pé, na calçada, próxima a um desnível no estacionamento da Máquinas Singer, por ironia, perto do Hospital Ortopédico. Constatou, horrorizada, que desde a Rua Osório Duque Estrada, 169, onde reside, se quiser usar a cadeira de rodas no Bairro Araés, poderá sofrer desastre mais grave. Quanto há calçadas, há desníveis abruptos. Tampas de bocas-de-lobo quebradas e com vergalhões espetados são comuns. Calçadas que desaparecem para cederem lugar a escadas improvisadas. Não há recuos regulares. Os desníveis são acentuados. Tampões, de modo geral, podem virar armadilhas fatais. Protesta contra a falta de correção do HGU e pergunta: uma cidade destas, com essas condições precárias, ruas estreitas, sem calçamento, sem ônibus decentes, precária sob todos os aspectos, ainda quer receber uma Copa do Mundo? R.; Cuiabá pode ficar no caminho!