Cientistas mediram os níveis de vitamina D no sangue de uma amostra representativa de 1.766 pessoas acima de 65 anos e avaliaram seu funcionamento mental com um questionário amplamente utilizado. Cerca de 12% tinham problemas cognitivos, e quanto mais baixo o nível de vitamina D, maiores eram as chances das pessoas estarem nesse grupo.

Em comparação ao um quarto com os maiores níveis de vitamina D, aqueles com os níveis mais baixos tinham 2,3 vezes mais chances de ter problemas cognitivos, mesmo após o ajuste estatístico de idade, sexo, educação e etnia. Em homens, o efeito foi maior do que em mulheres.

"A causa da demência não é a deficiência de vitamina D," disse David Llewellyn, pesquisador associado da Universidade de Cambridge e autor-líder do estudo. "É uma doença muito complicada. Mas, embora mais pesquisas sejam necessárias, o suplemento de vitamina D é barato, seguro e conveniente, podendo assim ter um papel importante na prevenção."

Segundo informações de apoio do estudo, que aparece online no Journal of Geriatric Psychology and Neurology, receptores de vitamina D estão presentes em uma variedade de células, incluindo neurônios e neuróglias a ela associadas. Isso sugere que a vitamina desempenha um papel no desenvolvimento do cérebro e na proteção dos neurônios.