Professora Thamara Parteka, 32 anos, deu à luz a filha, Violeta Parteka Pinheiro, no Hospital Universitário Júlio Muller, em Cuiabá, no dia 3 de maio. A bebê precisava ganhar peso com leite humano. Porém, Thamara não conseguia produzir a quantidade necessária. "Não extraía leite suficiente, então precisei do apoio da equipe do hospital e das mães que faziam as doações no Posto de Coleta", afirmou a mãe.
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A unidade hospitalar conta com Banco de Leite e Posto de Coleta que promovem proteção e apoio ao aleitamento materno. A ação é administrada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O leite é a primeira alimentação humana, sendo considerado o melhor alimento para os bebês, por ter um papel essencial na proteção imunológica contra doenças infecciosas e desenvolvimento afetivo e psicológico do recém-nascido.
(Thamara Parteka e Vitoleta Parteka)
A professora pontuou que o momento de acalento ao amamentar os próprios filhos é precioso tanto para a mãe quanto para o bebê. “Esse amor elas [possíveis doadoras] doam através do leite para os nossos filhos e isso gera vida né a sustentabilidade desses serezinhos. Sou muito grata por essa oportunidade e esse gesto é muito importante porque salva vidas”.
O Hospital Universitário Júlio Muller é considerado como um dos hospitais de referência, sendo um dos quatro pontos de coleta em Mato Grosso que faz o processamento do leite materno para atender as unidades maternas, sejam elas públicas ou privadas. Além de possuir uma demanda diária de aproximadamente 10 litros de leite para os recém-nascidos da instituição.
A coleta de leite também pode ser feita na residência das doadoras, depois uma equipe do hospital busca o leite para ser processado e utilizado para alimentar os bebês que estão internados na própria unidade hospitalar, tendo como algumas das situações de indicação o acometimento por alguma patologia ou a prematuridade.
A sala de coleta contribui com o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Júlio Muller, com uma quantidade em torno de setenta a oitenta litros de leite materno por mês. São feitos, em média 151 atendimentos mensalmente, a um total de 34 mães.
Quem pode doar?
Mulheres que têm leite excedente e não apresentam problemas de saúde podem doar leite materno. A médica veterinária e servidora pública, Karen Cristina Poltronieri, 41 anos, doa leite humano desde o nascimento de sua primeira filha, em 2016. Ela começou por questões de saúde, mas ao entender a importância, não quis parar. Karen doa para o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, (Hucam/Ebserh), em Vitória.
"Inicialmente foi por necessidade, porque tenho um volume de produção muito alto e o leite empedra, então preciso retirar o excesso. Fiquei sabendo no BLH da necessidade da doação de leite materno, aí viciei. Saber que estou fazendo a diferença para alguns bebês que precisam tanto dá um sentimento muito bom de gratidão, de benção", relata. Atualmente, ela extrai o leite em casa, armazena adequadamente e uma equipe do Hucam faz a coleta, assim como ocorre em muitos outros hospitais da Rede.
Onde buscar ajuda?
Muitos hospitais da Rede Ebserh contam com serviços estruturados para dar o apoio necessário às mães doadoras, entre eles: O Hospital Universitário Júlio Muller da Universidade Federal de Mato Grosso (HUJM-UFMT). Para mais informações de como doar ou como receber o leite, apoio a amamentação, o telefone para contato como o Banco de Leite do Hospital Universitário Júlio Muller é o 3615-7203.
Sobre a Rede Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
