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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Botelho discutirá armazenamento e moratória da soja na Assembleia Legislativa de Mato Grosso

Foto: Divulgação

Botelho discutirá armazenamento e moratória da soja na Assembleia Legislativa de Mato Grosso
A falta de espaço para armazenagem de grãos nas propriedades rurais e a moratória da soja, foram alguns dos problemas apresentados, nesta semana, pelos representantes do setor produtivo para o deputado Eduardo Botelho (UNIÃO), presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Atualmente, só é (permitido)possível armazenar 0,5% da safra produzida no Estado. Isso significa que mais de 40 milhões de toneladas de milho e soja precisam ser exportados por falta de capacidade de armazenamento.


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Atento à situação, Botelho afirmou que vai ampliar o debate no legislativo estadual e acompanhar, por meio de pesquisas e estudos técnicos, as pautas que afligem a economia do agronegócio. 

“Armazenar grãos em Mato Grosso é um problema sério. A produção tem sido muito maior do que a capacidade de armazenamento. Mas outros temas também necessitam de soluções, entre elas, a moratória da soja, que é muito prejudicial para os pequenos agricultores que cumprem o código florestal. Vamos ampliar essas discussões, aprofundar os estudos e chamar os deputados para nos ajudar a resolver essas questões”, destaca o presidente da Casa de Leis.
 
A estimativa da safra para 2022/2023 ficou na casa dos 87,87 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Números que mostram crescimento, no entanto, segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore, o cenário é preocupante. “Mato Grosso é um grande produtor de cereais, mas não tem onde armazenar tudo isso. Por isso, viemos pedir que o deputado Botelho nos ajude numa política pública federal, e que de fato, vire um programa que solucione esse déficit mato-grossense”. 
 
Fernando Cadore ressaltou que Botelho “tem se mostrado um parceiro do setor, compreendendo a formação da base de associados do setor, que também inclui os pequenos produtores”. O amparo governamental para quem contribui com a economia do Brasil é fundamental.  “O mundo recomenda que o país produtor tenha 1.2 vezes a capacidade de armazenar o que produz, porém Mato Grosso só tem 0,5%. Além disso, temos que atestar a produção sustentável do Estado, somos cobrados, mas trabalhamos em menos de 13% do território, produzindo mais do que um país”, frisa Cadore. 
 
Na oportunidade, os interesses internacionais sobre a moratória da soja não ficaram de fora da conversa com o deputado. Ilson José Redivo, produtor rural no Norte do Estado e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), explicou que a moratória da soja, assegura que os grãos, produzidos no bioma Amazônia esteja livre de desflorestamentos ocorridos após 22 de julho de 2008. Tudo fiscalizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), para garantir a sustentabilidade ambiental.
 
Limitar a comercialização é um desafio, que preocupa produtores e entidades do setor. “Essa aproximação é muito importante com Botelho, pois discutimos aqui, o engessamento da principal atividade econômica do Estado. A moratória da soja é contra a legislação brasileira, uma vez que, seguimos fielmente o código florestal e ele nos permite abrir 20% das nossas áreas. Só que a Abiove tem essa restrição. É um problema que tem que ser levantado em nível nacional. Não podemos ser reféns de interesses internacionais para atingir a produção brasileira”, ressalta o presidente da Famato, ao acrescentar que o Brasil incomoda a produção mundial, gerando tais impedimentos.
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