Reportagem da Folha de S. Paulo apontou que o Palácio do Planalto vetou o repasse de parte de recursos destinados a Mato Grosso, por meio do Ministério da Agricultura, comandada por Carlos Fávaro (PSD). A decisão ocorreu após o centrão se irritar ao saber que o governo usou a verba que herdou das extintas emendas de relator para destinar dinheiro para as bases eleitorais de ministros.

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Até o início da semana, de acordo com a reportagem, haviam sido autorizados cerca de R$ 200 milhões, que atendem principalmente Mato Grosso e Pará. De cerca de R$ 140 milhões empenhados (etapa que acontece o pagamento) pelo Mapa, foram destinados R$ 130 milhões para sete municípios de Mato Grosso, na recuperação de estradas em área rural e na compra de equipamentos.

O Planalto questiona Fávaro sobre qual o critério usado, pois o ministro autorizou para Mato Grosso mais de 30% da verba que a pasta tem da cota das extintas emendas de relator para o ano todo. Em nota, a pasta disse à Folha de S. Paulo que cadastrou mais de 8 mil propostas de convênios e que pretende, nas próximas semanas, empenhar todo o valor disponível no orçamento para esse tipo de ação.

O ministério ainda disse que prioriza a recuperação de estradas para melhora do fluxo de escoamento da produção, a aquisição de máquinas e implementos agrícolas, além do apoio a eventos agropecuários com essa verba.

Ao saber da previsão, líderes do centrão questionaram a autorização dos repasses com dinheiro que, por acordo firmado com o Planalto, seria usado para negociação política com o Congresso.

Integrantes do Planalto afirmam que a ordem é para que Fávaro cancele o envio dos recursos para Mato Grosso ou que a origem do dinheiro seja outra, sem gastar parte dos R$ 9,9 bilhões herdados por Lula (PT) e que o governo tem prometido usar como se fosse emenda parlamentar.