O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), evitou tecer comentários sobre o comportamento do deputado federal Abílio Júnior (PL), seu eventual adversário nas eleições municipais em Cuiabá. Diante das inúmeras polêmicas e até acusação de transfobia, o deputado licenciado afirma que a avaliação sobre as atitudes do colega de bancada deve ser feita pela população.
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“Cabe aos eleitores do Abílio criticarem seu comportamento, a mim cabe trabalhar”, afirmou, nesta terça-feira (18).
Fabio ainda garante que as polêmicas de Abílio não definem a atuação da bancada federal de Mato Grosso, que, segundo ele, tem trabalhado e trazido bons resultados para Mato Grosso.
“A bancada de Mato Grosso não é lembrada apenas por essas coisas. A bancada tem trabalhado muito para contribuir com o Estado, como por exemplo, liberação do licenciamento da Ferrogrão, destravamento da ferrovia de Rondonópolis até a Baixada Cuiabana, rescisão do contrato de concessão do Parque de Chapada dos Guimarães”, avaliou.
Licenciado da Câmara dos Deputados desde a última semana, Fábio pode disputar com Abílio o comando do Palácio Alencastro em 2024. Enquanto o deputado tem as bençãos do diretório nacional do PL, o secretário tem a preferência do governador Mauro Mendes, para estar nas urnas pela União Brasil.
As polêmicas
Abílio passou a ser investigado pela polícia do Legislativo, além de ter sido representado no Conselho de Ética, por suposta transfobia contra Erika Hilton, durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro, na terça-feira (11).
Durante a sessão, Abílio, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já tinha sido repreendido pelo presidente da comissão por filmar e debochar de colegas na CPI. Arthur Maia disse que proibiria que integrantes da comissão gravassem os colegas.
No tempo reservado à fala da deputada Erika Hilton, ela disse que Abílio precisava "tratar sua carência em outro espaço", porque o Congresso é um espaço "sério". A parlamentar prosseguiu na fala, mas foi interrompida pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), que denunciou a fala "homofóbica".
Em seguida, outros parlamentares, como a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), confirmaram a versão do senador. Abílio e os aliados negaram. Em meio ao tumulto, Arthur Maia anunciou a investigação sobre o caso.
"Eu solicito à secretaria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que envie para a Polícia Legislativa a cópia dessa filmagem para que se faça uma apuração".