O senador Jayme Campos (UNIÃO) fez questão de afastar qualquer insinuação de clima ruim ou rixa dentro do União Brasil. Pelo contrário, o parlamentar enfatizou que a convivência dentro da sigla é uma das melhores possíveis, mesmo com disputas internas, como é o caso de Fabio Garcia e Eduardo Botelho, deputado federal e deputado estadual, respectivamente, cotados para disputar a prefeitura de Cuiabá pelo partido em 2024.

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“Não, nunca teve desunião. Talvez é falta de informação. A convivência aqui é das melhores possíveis”, disse o senador da República em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (28). “É óbvio que cada um quer seu espaço e um direito líquido e certo. Isso faz parte da democracia. Isso é ideal, é louvado”,

Segundo Jayme Campos, apesar das indiferenças, o partido continua unido. Em seu entendimento, diz, o único entrave enfrentado atualmente pelo União Brasil refere-se às candidaturas de Fábio Garcia e Eduardo Botelho, em que ambos almejam disputar a Prefeitura de Cuiabá. Entretanto, Jayme diz que esse é um ponto positivo. 

“Isso é muito bom, que nós temos opções, e poderá ter outros nomes que poderão surgir, cabe e compete a nós com muita inteligência, sobretudo com paciência, com resiliência ir fazendo com que o partido marche unido”, ressaltou o senador. 

A disputa pela prefeitura de Cuiabá tem provocado alguns pequenos atritos dentro do União Brasil. Há pouco mais de um mês, Eduardo Botelho e Fábio Garcia trocaram farpas publicamente, com direito a notas e entrevistas em tom nada amigável. 

E as polêmicas continuam: a mais recente delas, nesta última semana, envolveu o deputado Eduardo Botelho e o governador Mauro Mendes, com cada um deles apresentando versões distintas sobre um encontro que tiveram em 2022 para tratar do tema eleições. 

Segundo Mauro, em um desses encontros, Botelho não deixou claro que tinha intenção de disputar a prefeitura, o que levou o governador a optar pelo nome de Fábio Garcia, atual secretário-chefe da Casa Civil, para concorrer à prefeitura pelo União Brasil. 

Botelho, por sua vez, negou que àquela altura tenha desistido da prefeitura. Em sua versão, afirmou que, na época, estava focado na campanha para deputado estadual, mas ressaltou que o governador sabia de seu desejo de concorrer nas eleições de 2024. 

Mauro ironizou a versão de Botelho e disse que o deputado demorou uma semana para pensar numa resposta. “O Botelho sabe que eu tô falando a verdade, tanto que ele demorou uma semana pra vir com essa versão aí. Acho que eles estudaram bastante lá para depois vir com essa história. Porque eu disse aquilo que é verdade, ele falou pra mim ano passado isso”.