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Ex-PM que matou advogada disse que 'fez merda' e que 'não esperava ser preso tão rápido'

24 Ago 2023 - 12:05

Da Redação - Mayara Campos / Do Local - Amanda Divina

Foto: Olhar Direto

Ex-PM que matou advogada disse que 'fez merda' e que 'não esperava ser preso tão rápido'
O ex-soldado da Polícia Militar, Almir Monteiro dos Reis, 49 anos, indiciado pelo feminicídio praticado contra a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, 48 anos, confessou durante a sua prisão, na presença da equipe policial da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que “fez merda” ao matar a vítima.


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De acordo com o delegado titular da DHPP, Marcel Oliveira, embora o ex-PM tenha permanecido em silêncio no interrogatório, durante todo período da lavratura do auto de prisão em flagrante na Delegacia, o suspeito disse algumas frases, como a seguinte, que chamou a atenção dos policiais:

“Eu fiz merda mesmo, eu sou burro, fiz merda. Eu só não esperava que a polícia me prendesse tão rápido”, disse Almir.

Segundo Marcel Oliveira, a DHPP recebeu a informação efetiva sobre o homicídio por volta das 21h10 do domingo (13), efetuando a prisão por volta das 23h. Ao todo, o período dos desdobramentos dos fatos foi de cerca de 1h50.

No momento da prisão do ex-PM, em sua residência, no bairro Santa Amália, o suspeito estava junto com uma companheira, em seu terceiro encontro. A mulher só ficou sabendo do ocorrido na hora que a Polícia Civil chegou na casa para iniciar as diligências.

“Na hora que a gente o prendeu, estava com essa outra pessoa dentro da casa, no quarto dele. E depois que essa pessoa soube o que ele tinha feito na noite anterior, foi que ela falou que seria justamente uma próxima vítima”, afirmou Marcel, durante a coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (24).

Entenda o caso

Ex-soldado da Polícia Militar, Almir Monteiro dos Reis, foi indiciado pelo homicídio quadruplamente qualificado da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos. O corpo dela foi encontrado pelo irmão em um carro no Parque das Águas, em Cuiabá. Ela estava com sinais de agressão e foi asfixiada.

Almir vai responder pelo homicídio quadruplamente qualificado, fraude processual por ter limpado a cena do crime usando creolina e sabão em pó, e estupro, ocorrido antes da morte da vítima.

As qualificadoras pelo homicídio foram: recurso que impossibilitou defesa da vítima; feminicídio; asfixia, proveniente de um tamponamento, pois o acusado pressionou a perna na barriga de Cristiane e também pode ter utilizado um travesseiro para finalizar a asfixia; e motivo fútil.

Na última semana, diversas pessoas prestaram depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Entre elas está a companheira de Almir, que estava trabalhando em uma unidade de saúde no momento em que a advogada foi morta. Ela está colaborando com as investigações.

Almir e Cristiane se conheceram durante o final de semana, em um bar, e depois foram para a casa do ex-soldado. No imóvel, ela foi agredida e ficou inconsciente. Após o crime, o ex-soldado colocou a vítima em um carro e a abandonou no Parque das Águas.

A perícia constatou diversas manchas de sangue nas quinas dos móveis onde a vítima teria batido a cabeça. Ela apresentava diversas lesões no crânio, lesões nas partes íntimas, além de vários hematomas no rosto.

Segundo a teoria da Polícia Civil, o suspeito matou Cristiane após cometer o estupro, para tentar sair impune do crime, e abandonou o corpo no Parque das Águas, em uma tentativa para se despistar do caso.
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