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Sábado, 20 de julho de 2024

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QUEREM FUGIR DA CONDENAÇÃO

"É um padrão criminoso", diz delegado sobre alegação de transtornos e problemas de saúde em casos de feminicídio em Cuiabá

Foto: Reprodução

Delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Marcel Gomes, afirmou que criminosos envolvidos em feminicídios buscam alegar transtornos psicológicos para evitarem ser condenados pelo crime. A autoridade policial afirmou que durante a conversa com o ex-policial militar, Almir Monteiro dos Reis, tinha capacidade mental ao relatar como a advogada  Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, 48 anos, foi assassinada.


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Em conversa com a imprensa, o delegado lembrou que Almir apresentou um laudo recente para conseguir tirar a carteira de motorista alegando estar com as capacidades mentais e físicas normais.

Marcel afirmou ainda que os criminosos envolvidos com feminicídios sempre buscam alegar algum problema ou transtorno para não pagarem pela pena. 

Neste ano, Carlos Alberto Gomes Bezerra (filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra), alegou que matou a ex-esposa Thays Machado, de 44 anos, e o atual namorado dela William César Moreno, de 30 anos, devido a uma descompensa emocional causada pela diabetes neuropática.

Já Almir possui um laudo de esquizofrenia sendo que o juiz Geraldo Fidelis determinou que o hospital psiquiátrico Adauto Botelho apresente informações sobre a disponibilidade de vagas para internação do ex-soldado.

"Quem vai poder dizer melhor é um médico psiquiatra. Ele (Almir) anexou um laudo até recente justamente dizendo que ele estava apto tanto em suas capacidades físicas e mentais. É meio que um padrão de criminoso de quem pratica o crime de feminicídio alegar problemas de diabetes, problemas psiquiátricos, problemas de infância para querer fugir da aplicação da lei penal. Na hora que a gente prendeu ele (Almir), se mostrou uma pessoa com bastante capacidade mental para analisar e conversar e dizer tudo o que estava acontecendo. Do ponto de vista policial, eu vejo como uma pessoa capaz, muito tranquila até.", afirmou o delegado.

Entenda o caso e o indiciamento

Almir e Cristiane se conheceram durante o final de semana, em um bar, e depois foram para a casa do ex-soldado. No imóvel, ela foi agredida e ficou inconsciente.

A perícia constatou diversas manchas de sangue nas quinas dos móveis onde a vítima teria batido a cabeça. Ela apresentava diversas lesões no crânio, além de vários hematomas no rosto.

Após o crime, o ex-soldado colocou a vítima em um carro e a abandonou no Parque das Águas. O corpo foi encontrado no dia 13 deste mês.

Almir vai responder pelo homicídio quadruplamente qualificado, fraude processual por ter limpado a cena do crime usando creolina e sabão em pó, e estupro, ocorrido antes da morte da vítima.

As qualificadoras pelo homicídio foram: recurso que impossibilitou defesa da vítima; feminicídio, impossibilidade de defesa da vítima, motivo fútil e meio cruel para assegurar a impunidade de outro crime.
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