Ainda na base governista – apesar dos últimos enfrentamentos ao governo estadual -, o deputado Wilson Santos avaliou que não é o momento para que a base do PSD na Assembleia Legislativa (ALMT) rompa com o governador Mauro Mendes (União). Afirmou que caso a direção estadual da sigla coloque tal questão em discussão, irá pedir para que ele e o colega Nininho continuem autorizados a atuar pela situação.
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“Mauro faz um bom governo, demonstrou ser um bom gestor. Tem erros e temos divergência, mas não é o momento desse rompimento, temos que colocar os interesses do Estado a frente de tudo”, afirmou, em conversa com a imprensa nesta terça-feira (29).
Apesar do interesse de permanecer na base, Wilson tem confrontado o Paiaguás nas últimas semanas. Foi o principal crítico ao projeto do Transporte Zero, que foi sancionado com vetos pelo governador. Agora encampa a abertura de uma CPI para investigar a situação administrativa e financeira da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Na prática, o PSD não faz mais parte do governo desde a campanha eleitoral do ano passado, quando Mauro decidiu abraçar o PL e a candidatura do senador Wellington Fagundes à reeleição. Deixou de lado o ex-deputado federal Neri Geller (PP), que teve como coordenador o agora ministro Carlos Fávaro (PSD). Na época, a legenda liberou seus candidatos a apoiarem o projeto maurista.
A questão eleitoral acabou afastando Mauro e Fávaro, tanto é que um dos poucos ministros não visitados pelo governador é justamente o comandante do Ministério da Agricultura.
De olho nas eleições ao governo em 2026, Fávaro já articula a formação de um grupo de oposição e tem a eleição na capital como principal aposta para seu fortalecimento. O ministro aproveitou a celeuma no União Brasil e convidou o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho, para se filiar a disputar o Palácio Alencastro.
Caso a tendência se confirme, o parlamentar será o novo membro dos quadros do PSD, marcando de vez a ruptura da legenda com o grupo de Mauro.
