Adversários históricos que já há algum tempo não trocavam farpas, o governador Mauro Mendes (UNIÃO) e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) voltaram a se alfinetar via imprensa nesta semana. O chefe do Executivo estadual não quis comentar as recentes declarações do emedebista, de que iria apresentar grave denúncia contra o Gabinete de Intervenção na Saúde da capital, mas chamou Emanuel de “fanfarrão” e desafiou o prefeito a formalizar os supostos fatos ao Ministério Público.

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“Além dessas palavras fanfarronas, tem algum dado concreto? Não dá para comentar, me desculpa, falas de um fanfarrão. Uma pessoa que teve 17 operações, quebrou a Prefeitura de Cuiabá e tá lá na lama. Não vou perder meu tempo, tenho mais o que fazer do que ficar comentando fala sem fundamento. Se ele apresentar alguma coisa, não precisa falar, vai lá no Ministério Público e denuncia”, disparou o governador.

A fala é uma resposta à entrevista concedida por Emanuel Pinheiro a uma rádio na última segunda-feira (5). De acordo com o prefeito, o Gabinete de Intervenção do Estado sobre a Saúde de Cuiabá esconde uma “caixa-preta que em breve virá à tona”.

O gestor disse ainda que recebeu as supostas denúncias no último sábado (3), consultou seus advogados e que deve dar publicidade ao assunto no decorrer desta semana. Emanuel pontuou que não garante a veracidade de tais fatos, mas adiantou que, se confirmadas as acusações, não pretende receber a administração de volta em janeiro.

A intervenção na saúde da capital foi decretada pela Justiça, a pedido do Ministério Público Estadual, em março deste ano, pelo período inicial de seis meses. Depois, foi prorrogada pelo mesmo período e deve seguir até dezembro.

“Eles já fizeram a inhaca, induziram as autoridades e a população ao erro. Eles vão me entregar uma bomba, uma caixa preta que Cuiabá vai levar tempo para poder recuperar. Estou muito preocupado porque eles estão arrebentando com o SUS de Cuiabá para depois me entregar só a carcaça e falar que eu sou o culpado”, disse o prefeito, sem dar detalhes sobre as supostas irregularidades.