O deputado estadual Wilson Santos (PSD) afirmou que tem tido dificuldades para conseguir as duas assinaturas que faltam para abrir Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mirando a Secretaria de Saúde do Estado. Para o parlamentar, ainda que o requerimento possa ganhar força com o desenrolar das investigações na Justiça, o componente político dificulta a abertura do processo no Legislativo.

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Conforme Olhar Direto revelou com exclusividade no mês passado, Wilson Santos chegou a pedir pessoalmente que o governador Mauro Mendes (UNIÃO) liberasse sua base para assinar o requerimento de abertura da CPI. “CPI não é caça às bruxas, é correção de rumos”, justificou à época.

O Governo, no entanto, se opõe à Comissão. Na avaliação de Mauro Mendes, o caso já é investigado pela Polícia Judiciária Civil (PJC), por meio da Deccor. “CPI é desnecessária, a não ser que mostre argumento robusto para tal”, alega.

A CPI mira supostas irregularidades em contratos da Secretaria de Saúde, que estão sob investigação no âmbito da Operação Espelho.

Segundo Wilson, caso o requerimento de abertura da Comissão não prospere, a identidade dos parlamentares que se comprometeram com a CPI até o momento será preservada, para evitar constrangimentos.

“O requerimento só pode ser apresentado quando atender à exigência mínima do regimento interno, que é 1/3 das assinaturas. Precisamos de 8 e temos 6. Fiz um compromisso com cada deputado que assinou: caso não atinja o número suficiente iremos preservar os colegas. Está difícil, mas é a consciência de cada deputado”, disse.