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coagidos a pedir demissão

Funcionários da Ambev que recusavam esquema de desvio de cerveja eram ameaçados de morte

14 Set 2023 - 14:35

Da Redação - Amanda Divina/ Do Local - Gustavo Castro

Foto: Reprodução

Funcionários da Ambev que recusavam esquema de desvio de cerveja eram ameaçados de morte
Detalhes da investigação da Polícia Civil apontam que os funcionários da Ambev que não aceitavam integrar o esquema de desvio de cargas de bebidas alcóolicas da empresa eram ameaçados e coagidos a pedir demissão. A execução dos crimes contava com a participação de empregados que atuavam em diversas funções.


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Segundo o delegado Luiz Felipe Leoni, quando os trabalhadores eram contratados na empresa, os integrantes do grupo criminoso passavam a questioná-los sobre a possibilidade de participar do esquema. 

Caso o empregado rejeitasse, ele era ameaçado de morte para não relatar o esquema e coagido a pedir demissão. 

"Ao que parece esse esquema criminoso já acontecia há alguns anos. Os funcionários que eram contratados, eles já eram corrompidos a participar desse esquema criminoso. Aqueles funcionários da cervejaria que porventura fossem contra esse tipo de prática criminosa, eles eram imediatamente alijados do processo porque eram ameaçados se porventura viesse a comentar sobre esse esquema criminoso", disse o delegado.

A investigação da Polícia Civil apurou que os desvios das bebidas alcoólicas das marcas Budweiser, Skol, Antártica, Brahma e Stella Artois, produzidas pela cervejaria instalada na capital, eram feitos por funcionários da fábrica e de duas empresas que prestam serviços de logística à fabricante.

A execução dos crimes contava com a participação de empregados que atuavam em funções de conferencistas, porteiros, motoristas, ajudantes de motorista, carregadores.

O delegado apontou ainda que alguns funcionários que eram recontratados começavam a atuar na organização criminosa.

"E o que chamou a atenção é que os que eram contratados, recontratados novamente, acabavam praticando a mesma coisa. Quer dizer, era uma prática criminosa que se arrastava durante algum tempo. Então, eram demitidos e novos que participavam também acabavam entrando num esquema criminoso", pontuou o delegado.

O grupo envolvido desviava as cargas que eram devolvidas por clientes da cervejaria. Para isso, era falsificada uma declaração pelo conferencista e o porteiro da cervejaria confirmando que houve a entrada dos lotes de cervejas na fábrica.

Em seguida, as cargas das bebidas eram desviadas aos receptadores. Um deles é a distribuidora Itália, que fica no bairro Renascer. Foi realizado uma perícia nas bebidas ofertadas pela distribuidora e comprovado a adulteração dos lacres por parte do proprietário Luiz Gontijo.

Apesar da comprovação, o delegado afirmou que ainda está sendo investigado o repasse de bebidas da distribuidora para mercados.
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