Líder do Governo na Assembleia Legislativa (ALMT) e secretário-geral do União Brasil, o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco voltou a clamar para que os principais caciques da legenda intercedam pela permanência de Eduardo Botelho no partido. Para o parlamentar, a conversa deve envolver somente o governador Mauro Mendes e o senador Jayme Campos ou, no máximo, o senador Mauro Carvalho e o deputado Júlio Campos.

Leia mais
Governador confirma reunião com Botelho, mas despista sobre liberar presidente da AL
 
No início deste mês, Botelho reforçou tendência de migrar para o PSD e revelou que tem mantido contato diário com o ministro Carlos Fávaro, que preside a sigla em Mato Grosso, além de Gilberto Kassab, que dirige o partido a nível nacional.

O anúncio ocorreu após conversa com Mauro Mendes, revelada com exclusividade pelo Olhar Direto. Na ocasião, o presidente da Assembleia Legislativa lembrou de acordo firmado em meados de abril, quando o governador prometeu dar liberdade para que Botelho pudesse viabilizar sua eventual candidatura e afirmou que se o deputado resolvesse de fato mudar de partido não iria lhe impedir.

Questionado sobre o tal compromisso, Dilmar disse que desde a última conversa sobre o assunto no âmbito partidário nada mudou. Ele voltou a cobrar também que a sigla estabeleça critérios de igualdade entre Botelho e Fábio Garcia, que também busca a candidatura em Cuiabá.

“Nós tivemos uma reunião partidária no dia 27 de abril, foi um dos assuntos que eu também puxei, se teríamos dificuldades para liberar deputados do partido, porque naquela época nós estávamos ainda montando o Diretório. Como tinha muita divergência, muita conversa, nós deixamos claro que seria autorizada a saída de qualquer parlamentar. Desde que o Mauro virou presidente não teve nada diferente disso”, lembrou Dilmar.

“Eu já conversei até com o governador e o senador Jayme, que eram os dois que deviam pilotar a conversa com o Botelho. Eu não precisaria participar, se quisessem convidar mais gente, entendo que seria o senador Mauro Carvalho e o Júlio Campos. Pra definir isso, sem Fábio e mais ninguém. É incrível nós termos hoje a condição de ganhar a prefeitura da capital, algo que nunca tivemos, nem vereador não tínhamos em Cuiabá. Agora temos dois nomes bons para disputar a eleição e estamos discutindo esse racha. Prejudica muito, precisa estabelecer o critério disso. Tem que ser bem combinado, para que não vire um problema também em 2026. É preciso ter maturidade”, pontuou o líder.