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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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DONO DE MADEIREIRA

Alvo da Operação Desbaste, prefeito já foi preso por crime ambiental em 2017 e esteve na mira da Justiça há 4 meses

Foto: Reprodução

Alvo da Operação Desbaste, prefeito já foi preso por crime ambiental em 2017 e esteve na mira da Justiça há 4 meses
O prefeito de Feliz Natal, José Antônio Dubiella (MDB), alvo da Operação Desbaste, deflagrada nesta quinta-feira (21) pela força-tarefa ambiental do Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco) contra uma organização criminosa investigada por delitos na área ambiental em Mato Grosso, já havia sido alvo de outras duas investigações por infrações à legislação ambiental.


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Nesta segunda-feira (21), 37 ordens judiciais, sendo 20 mandados de buscas e apreensões e 17 medidas cautelares expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, resultaram no afastamento de servidores públicos pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). 

Os mandados são cumpridos nos municípios de Cuiabá, Sinop, Cláudia, Santa Carmem, Feliz Natal, Alta Floresta e Colniza. Os alvos são pessoas físicas responsáveis por, em tese, operar o esquema de fraudes na gestão florestal. José Antônio foi um dos alvos. 

No entanto, esta não foi a primeira vez em que o prefeito enfrentou problemas judiciais. Em 2017, ele chegou a ser preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e por envolvimento em crime ambiental. Na ocasião, a polícia estava cumprindo um mandado de busca e apreensão em sua madeireira, quando descobriu uma espingarda calibre 22, que não estava registrada e tinha o número de série removido, junto com um carregador desmuniciado. Além disso, os policiais encontraram um animal silvestre e carne de caça armazenados em um freezer.

Em maio deste ano, há cerca de 4 meses, residências e empresas ligadas ao prefeito de Feliz Natal também foram alvos de busca e apreensão durante a Operação Ronuro, deflagrada pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) para desmantelar associação criminosa que agia na extração e desmatamento ilegal de madeira, na região norte do estado. O vice-prefeito Antônio Alves da Costa (PDT) também foi alvo da Justiça. 

Na Operação Ronuro, foram cumpridos 22 mandados judiciais em endereços de pessoas físicas e jurídicas, em quatro municípios do norte de Mato Grosso – Cláudia, Feliz Natal, Nova Ubiratã e Sorriso. Além dos mandados de busca e apreensão, as madeireiras investigadas serão bloqueadas e terão as atividades suspensas, até o término das investigações.

Segundo a Polícia Civil, a associação criminosa conta com agentes políticos, madeireiros, empresas transportadoras, pessoas físicas e jurídicas, que vinham se beneficiando com a extração, desmatamento e o comércio das madeiras retiradas ilegalmente da Estação do Rio Ronuro.

Operação Desbaste
O objetivo da operação deflagrada nesta quinta é combater uma organização criminosa formada para fraudar licenciamentos ambientais e sistemas de controle ambiental (CC-Sema, Sisflora e Simlam). Além disso, os responsáveis atuaram na lavagem de dinheiro e outros ativos obtidos de forma criminosa com desmatamentos, falsificações e corrupção. São investigados milhares de metros cúbicos de árvores de desmatamentos ilegais principalmente na floresta amazônica. O esquema contava com o envolvimento de engenheiros, agentes públicos e empresários.

Os investigados respondem pelos delitos de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção e outros crimes contra a administração ambiental, dentre outros, cujas penas máximas somadas podem chegar a mais de 20 anos. O inquérito está sob sigilo judicial.
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