Sérgio da Silva Cordeiro, um dos alvos da Operação Piraim, que cumpriu ordens judiciais na semana passada contra um grupo envolvido nos crimes de extorsão e associação criminosa em Cuiabá, foi preso nesta segunda-feira (25), após se apresentar na sede da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) Cuiabá.

Leia mais
Delegado aponta que 'gangue do chicote' foi descoberta e presa por 'burrice'

Vítima tinha dívida com suspeitos presos por negociações de joias; alvos alegam desconhecer agressões

Polícia faz buscas por quatro acusados de chicotear homem durante cobrança de dívida; veja nomes

Ele e outros cinco investigados tiveram as prisões preventivas decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá com base em investigação da Polícia Civil pelo crime de extorsão, mediante restrição de liberdade, e associação criminosa. Além de Sérgio, Bruno Rossi, 39, e Rafael Geon, 35, foram presos no dia da deflagração, em 20 de setembro. Rafael passou por audiência de custódia e foi solto no mesmo dia.

A investigação apurou que Bruno foi o responsável por armar o encontro com a vítima, Leandro Justino, e, no local combinado, restringiram a liberdade e iniciaram as extorsões e agressões contra o rapaz. Justino permaneceu por horas em poder dos criminosos sendo agredido.

“As ações foram registradas com a finalidade de humilhar e difundir o modo de execução do crime com o anseio de assumirem um papel de justiceiros”, explicou o delegado Guilherme de Carvalho Bertoli. 

Agora, são procurados pela Polícia Civil os irmãos José Augusto de Figueiredo Ferreira e Benedito Luiz Figueiredo de Campos, e Guilherme Augusto Ribeiro. Denúncias que possam levar ao paradeiro dos foragidos podem ser feitas ao número 197, com sigilo garantido.

Crimes

Leandro foi abordado pelo grupo criminoso na Avenida República do Líbano, no estacionamento de um posto de combustíveis, na capital. Na sequência, o pai da vítima recebeu uma ligação telefônica, feita do aparelho celular do filho, onde o interlocutor dizia que credores queriam receber dívidas contraídas por ele.

O pai chegou a oferecer um veículo avaliado em R$ 80 mil, contudo, os criminosos disseram que a camionete não quitaria a dívida.

Receoso e temendo pela sua integridade física e de seus familiares, Leandro isentou os criminosos no dia em que foram conduzidos à delegacia, em flagrante. 

Os quatro cobradores foram os executores das agressões contra a vítima e agiram a mando de Bruno e Rafael. Eles teriam comissões caso conseguissem receber as dívidas.

(Com informações da Assessoria)