O deputado federal José Medeiros se colocou como exemplo ao pedir que seus correligionários em Mato Grosso se unam em torno das pré-candidaturas já anunciadas em Cuiabá e Rondonópolis, para as eleições de 2024. Assim como ocorre em outras legendas, o PL tem vivenciado conflitos internos desde que lançou, por determinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, Abílio Júnior na capital e Cláudio Paisagista no interior.

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“Isso é um abacaxi pro Ananias descascar. A vantagem de não estar na presidência do partido é justamente não precisar entrar nessas bolas divididas. Rondonópolis, Cuiabá e Várzea Grande são cidades polo, então, é obvio que um partido como o PL tem um apelo, uma oferta maior. E isso gera duas situações, uma boa e uma complicada: a boa é que você tem candidatos de peso, a ruim é ter que escolher. O presidente tem uma meta de eleger 40 prefeitos em Mato Grosso. Eu já fui preterido em eleições, não é fácil, dói. Mas a equação é justamente como um técnico que escolhe quem vai jogar, olha-se àqueles que vão dar mais resultado”, considerou Medeiros.

Em seu caso particular, Medeiros já amarga a espera do cumprimento da promessa de apoio de Bolsonaro para se lançar à senatoria há pelo menos três pleitos. No ano passado, ele chegou a fazer pré-campanha para o Senado, mas foi atropelado pelo senador Wellington Fagundes, que se reelegeu.

Agora, o PL de Mato Grosso trabalha para acabar com a resistência não só de seus quadros internos, mas de aliados que estão em outras siglas. Na última semana, o Pastor Marcos Ritela (PTB) defendeu publicamente o recuo da pré-candidatura do deputado federal Abílio e não poupou críticas ao parlamentar.

Questionado sobre o racha, Medeiros pregou parcimônia. “Isso aí faz parte. Mas aqui estamos definidos. Rondonópolis e Cuiabá, vou ser sincero com vocês, não foi bem uma construção local. Abílio traz o recall de sua ultima eleição, praticamente exigiram que ele seja candidato, porque o Valdemar e o Bolsonaro querem que 2024 seja um alicerce para 2026, portanto querem esses candidatos competitivos. O Cláudio também foi um pedido do Bolsonaro. E aí eu vou discutir com o Bolsonaro e o Valdemar? Não tem jeito, ne?! Mas esperamos conseguir unir e que quando chegue a eleição estejamos todos juntos, afunilados na campanha do Abílio”, pontuou.