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Sábado, 27 de julho de 2024

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José Carlos do Pátio ameaça retirar Nefrologia do Consórcio

O prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio, em declaração ao site Primeira Hora, deu um ultimato ao governo do Estado caso este não se posicione em relação aos repasses e à ampliação do Centro de Nefrologia do município - Nefrosul. “O Estado está omisso no que lhe compete. Eu compro os aparelhos e amplio se for o caso. Só que daí eu vou sair do Consórcio Regional de Saúde e a administração será somente municipal”, declarou.


O prefeito tem colocado que vai assumir completamente a nefrologia de Rondonópolis e deixar de lado a gestão compartilhada da especialidade, acordada entre a Secretaria Estadual de Saúde, o Consórcio Regional de Saúde e a administração municipal.

A insatisfação foi demonstrada durante uma reunião nessa semana entre o consórcio, prefeitura municipal e o promotor de Cidadania, Ari Madeira. Segundo Pátio, há falta de comprometimento do Estado que deveria repassar R$ 96 mil e só está repassando R$ 50 mil. Ari Madeira prometeu auxiliar na questão e marcar uma reunião com o secretário Estadual da Saúde, Augustinho Moro.

Na sessão legislativa desta quarta-feira na Câmara Municipal, o vereador republicano Ananias Filho, durante seu discurso na tribuna, disse que o Estado não teve respeito e nem hombridade com os pacientes de Rondonópolis e Região Sul que precisam passar pela hemodiálise. Conforme ele, foi solicitado seis vezes ao Estado a desapropriação de dois terrenos ao lado do Centro de Nefrologia e que há oito meses a desapropriação está autorizada e que cabe ao Estado a incumbência de ampliar a capacidade da clínica. “Nós vereadores estamos fazendo nossa parte”, afirmou.

A situação da Nefrosul começou porque os médicos demonstraram insatisfação com os salários recebidos atualmente. Para resolver o problema, a administração municipal apresentou um Projeto de Lei na Câmara, que não foi bem recebido pelos vereadores e ainda não foi votado. O projeto contempla aumento dos salários e também da carga horária dos médicos nefrologistas e responsáveis técnicos da mesma especialidade.

Os médicos que hoje recebem R$ 5 mil poderiam receber até R$ 14,2 mil no sistema de plantão. A proposta foi rejeitada pelos funcionários do Centro de Nefrologia que temem que os contratos temporários gerem demissões, além da perda dos direitos trabalhistas previstos no regime de CLT. Além disso, conforme o projeto apresentado, algumas categorias teriam o salário reduzido. No início da semana os trabalhadores fizeram uma manifestação e até uma paralisação foi cogitada.

Na noite desta sexta-feira (25), uma audiência pública vai discutir o impasse, a partir das 19h, na Câmara Municipal. O evento irá reunir representantes da Secretaria Municipal de Saúde, do Consórcio Regional de Saúde, da administração do Centro de Nefrologia, pacientes que fazem uso do serviço, além do Ministério Público Estadual que está acompanhando a negociação.
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