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Sexta-feira, 05 de julho de 2024

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"Me parece muito provável a cassação do Moro", afirma Selma sobre processo contra senador

Foto: Montagem/Olhar Direto

A juíza aposentada Selma Arruda, senadora de Mato Grosso cassada por caixa 2 e abuso de poder econômico nas eleições de 2018, afirmou que vê como muito provável a perda de mandato do senador Sérgio Moro (UNIÃO-PR). Em entrevista à coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, ela disse ainda que na época acreditou que não seria cassada e se disse inocente. 


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“Não te diria inevitável, porque o futuro a Deus pertence, mas me parece muito provável a cassação do Moro. Quando eu estava sendo processada, não acreditava na minha cassação, porque parecia absurdo”, disse. “Vão usar o meu julgamento no TSE como precedente contra ele.”, completou. 

A ação de investigação judicial eleitoral foi assinada pela Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná na última quinta-feira (14). O “Caso Selma” foi utilizado pelos procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado no que diz respeito à prática de abuso de poder econômico.

A cassação da ex-juza foi citada pelo Ministério Público Eleitoral do Paraná no parecer que pede a perda do mandato de Moro. Na peça de 79 páginas, o nome da ex-senadora aparece 10 vezes.

Os procuradores defendem a perda de mandato so senador paranaense por abuso de poder econômico. Conforme o documento, Moro teria gasto R$ 2 milhões durante a pré-campanha de 2022. Entre as despesas que o MPF questiona na ação estão a compra de carro blindado e gastos com segurança.

A cassação de Selma

O TSE cassou o mandato de Selma em 2019 pela prática de abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos nas Eleições Gerais de 2018. Seu 1º suplente, Gilberto Possamai, e da 2ª suplente da chapa, Clerie Mendes, também foram cassados.

Os ministros acompanharam o voto do relator, OG Fernandes, cuja fundamentação foi explorada no parecer do MPF contra Moro.

Curiosamente chamada de “Moro de saia”, referente à sua atuação ferrenha no combate ao crime organizado em Mato Grosso, Selma e Gilberto Possamai omitiram fundos à Justiça Eleitoral, que foram aplicados, inclusive, no pagamento de despesas de campanha em período pré-eleitoral. Esses valores representariam 72% do montante arrecadado pela então candidata, o que caracterizaria o abuso do poder econômico e o uso de caixa dois.

A ação contra Moro será julgada pelo colegiado do Tribunal Regional Eleitoral. O relator do processo, juiz eleitoral Luciano Carrasco Falavinha Souza, deve divulgar seu voto em janeiro. Em seguida, o caso deve ser levado a julgamento no plenário do TRE.

A pré-campanha de Moro começou a ser investigada após ações protocoladas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV). Os partidos dizem que Moro obteve uma vantagem indevida na disputa pelo Senado.

Caso o Tribunal decida pela cassação, uma nova eleição será convocada. Neste caso, entra em disputa apenas a vaga para a cadeira de senador pelo Paraná, hoje ocupada por Sérgio Moro.
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