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Domingo, 05 de maio de 2024

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ENTRE 2022 E 2023

Com 73% de desmatamento sem autorização, ilegalidade predomina no Cerrado e Amazônia de MT

Foto: Assessoria

Com 73% de desmatamento sem autorização, ilegalidade predomina no Cerrado e Amazônia de MT

O desmatamento acumulado na Amazônia e no Cerrado de Mato Grosso entre agosto de 2022 e julho de 2023 foi de 2.506,2 km², sendo que em 73% dos casos a supressão ocorreu de forma ilegal. Apesar de uma queda de 14% no desmatamento sem autorização quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o número ainda está longe de refletir as expectativas frente ao aumento da fiscalização e sinaliza o predomínio da “sensação de impunidade” entre os desmatadores.



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Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foram analisados pelo Instituto Centro de Vida (ICV) e divulgados neste mês no Portal de Inteligência Territorial. As informações apontam que o perfil do desmatamento em Mato Grosso, tanto na Amazônia quanto no Cerrado, é predominantemente ilegal e altamente concentrado.

Desmatamento no Cerrado e Amazônia

Desmatamento legal e ilegal em Mato Grosso, entre agosto de 2019 a julho de 2023.

Em números absolutos, 1.817,5 km² do desmatamento registrado entre agosto de 2022 e julho de 2023 foi ilegal, frente aos 688,7 km² de desmate legal. No mesmo período do ano anterior, as taxas foram de 2.120 km² e 573 km², respectivamente. A relação dos dados nos últimos anos revela uma diminuição da supressão vegetal de forma ilegal e respectivo aumento do desmatamento autorizado.

Conforme destacado pela coordenadora do ICV Ana Paula Valdiones, os dados mostram que o reforço da repressão ao desmatamento por parte do Estado resultou na diminuição da supressão ilegal. Contudo, a efetiva responsabilização do infrator ainda é morosa, o que reforça a sensação de que os crimes ambientais passam impunes.

“Assim como fiscalizar e responsabilizar o desmatamento ilegal é relevante para o combate a esses ilícitos, é importante que se fomentem práticas produtivas sustentáveis. Atividades que garantam a manutenção dos remanescentes de vegetação nativa e gerem renda aos produtores e produtoras precisam ser fortalecidas”, disse Valdiones.

Ainda de acordo com os dados analisados pelo ICV, a maior parte do desmatamento, 1.839,3 km², foi registrada em imóveis do Cadastro Ambiental Rural, seguido de áreas não cadastradas (444,1 km²) e assentamentos (176,4 km²). Além disso, os números revelam que mais de 40% do desmate ocorreu em dez municípios, o que revela o perfil altamente concentrado do desmate no estado.

Todos os dados podem ser conferidos na íntegra no Portal de Inteligência Territorial do ICV. Acesse a plataforma AQUI.

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