Presidente regional do PSDB, o deputado estadual Carlos Avallone confirmou que o Conselho de Ética do partido já abriu processo de expulsão dos vereadores Cacilda Benedita de Siqueira e Jamirson Alves Murtinho, de Chapada dos Guimarães (67 Km de Cuiabá), que não seguiram decisão do diretório municipal da sigla e votaram favoráveis à cassação da vereadora Fabiana Nascimento (PRD), conhecida como Fabiana Advogada, em dezembro do ano passado.
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Do partido, apenas Luciano Agusto Neves, o Dudu, votou a favor da manutenção do mandato da colega.
De acordo com Avallone, o partido não pode concordar com decisões absurdas e machistas, com no caso envolvendo Fabiana. "Chapada assistiu atitudes machistas de um secretário da prefeitura, que atacou de forma absurda a vereadora Fabiana, que já havia sido cassada, também por uma atitude absurda da Câmara. Ela só teve o apoio do vereador Dudu, do PSDB, que havia fechado questão para que os três vereadores do partido votassem contra a cassação".
"Os dois que não seguiram a orientação do partido estão sendo expulsos da sigla. Chapada não pode aceitar atitudes machistas", acrescentou.
O secretário citado por Avallone é Gilberto Mello (Governo). Na última semana, Fabiana registrou um boletim de ocorrência contra o secretário após declarações dele em um grupo de WhatsApp em que a acusou de estar “usando apetrechos femininos” para adiar a sessão que pode resultar novamente em sua cassação.
Gilberto é autor da denúncia que resultou na abertura de comissão processante contra a parlamentar na Câmara, por suposta atuação dela como advogada em ações contra o município e em interesse próprio. O colegiado entendeu que houve quebra de decoro e, por isso, apresentou relatório pela perda de mandato.
Depois de dois dias de sessão, Fabiana teve o mandato cassado por 9 votos a favor e dois contra. No entanto, a decisão foi suspensa pelo juiz Renato José de Almeida Costa Filho, que apontou erro no processo de votação. A Câmara chegou a convocar a sessão, porém a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, da Primeira Câmara de Direito e Coletivo, acatou o pedido da parlamentar e determinou a suspensão da sessão, que estava agendada para o último dia 12.