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PRERROGATIVAS RESPEITADAS

Coronel fez diversas ligações para oficiais do Exército durante a prisão, diz delegado

17 Jan 2024 - 17:57

Da Redação - Mayara Campos / Do Local - Luis Vinicius

Foto: Olhar Direto

Coronel fez diversas ligações para oficiais do Exército durante a prisão, diz delegado
O delegado Edson Pick, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), que auxilia nas investigações do assassinato do advogado Roberto Zampieri, revelou que o coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini Vargas, investigado por financiar o crime, realizou diversas ligações para generais durante sua prisão, em Belo Horizonte, na última segunda-feira (15).


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“Foi franqueado para que ligasse para seu advogado e para a pessoa que ele indicasse do Exército. Ele ligou por meio do telefone da esposa dele, pois o dele já estava aprendido. Foram inúmeras ligações para generais do Exército de Belo Horizonte, e para seu advogado. Infelizmente, ele não conseguiu falar com ninguém no ato da prisão”, disse Pick, durante coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (17).

Ainda conforme o delegado, a prisão de Caçadini foi tranquila, sem qualquer interferência. Ele foi preso em sua residência, localizada em um prédio residencial da capital mineira. O próprio general foi quem atendeu a porta quando a equipe policial chegou no local: “Ele mesmo nos recebeu, demos a ordem de prisão, falamos que tinha um mandado de prisão contra ele”.

Após a detenção, o general foi encaminhado para a Delegacia, momento em que oficiais do Exército comparecem ao local e acompanharam o restante da prisão.

Etevaldo chegou a alegar que os policiais civis não observaram a sua prerrogativa de militar do exército durante a audiência de custódia realizada na terça-feira (16). Também disse que teria sofrido violência psicológica.

Diante disso, magistrada determinou que seja enviado ofício à Promotoria dos Direitos Humanos, com cópia da ata, da mídia da audiência de custódia realizada e dos documentos que determinaram a prisão do autuado, a fim de que seja apurada a “violência psicológica” alegada pelo investigado.

Por meio de nota, o Exército Brasileiro informou que o coronel não pertence mais aos quadros de oficiais da ativa desde o início do século.

“Respeitamos todas as prerrogativas mesmo com a afirmação de ele não pertencer mais aos quadros do EB desde 2002. Exército falou hoje em nota que ele não pertence aos quadros da instituição desde 2002”, disse Pick ao Olhar Direto, complementando que todos os atos da prisão foram registrados e gravados.

Investigação

O coronel do Exército Brasileiro Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas foi preso após ser delatado por outros supostos criminosos envolvidos no assassinato. 

Zampieri foi executado com cerca de dez tiros na noite do dia 5 de dezembro, em frente ao seu escritório de advocacia, no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá.

A autoridade policial afirmou que ainda não sabe qual o interesse de Etevaldo na morte de Zampieri. 
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