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Sábado, 04 de maio de 2024

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OPERAÇÃO GRANDOREIRO

PF mira em organização criminosa de MT que fraudou 3,6 milhões de euros por meio de banco

Foto: Reprodução

PF mira em organização criminosa de MT que fraudou 3,6 milhões de euros por meio de banco
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (30), a Operação Grandoreiro para investigar a atuação de um grupo criminoso responsável por fraudes bancárias eletrônicas. A estrutura criminosa é suspeita de movimentar por meio de fraude, desde 2019, ao menos 3,6 milhões de euros.


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Conforme as informações da PF, além de Mato Grosso, agentes também cumprem mandados em Santa Catarina, Pará, São Paulo e Goiás. No estado, conforme apurado pelo Olhar Direto, houve um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão em Colniza.

Ao todo, são cinco mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão. Para consumar o crime, os investigados utilizavam malware bancário das vítimas fora do Brasil. 

Também estão sendo cumpridas ordens judiciais de apreensão e bloqueio de bens e valores com vistas à descapitalização da estrutura criminosa e com a finalidade de recuperar os ativos.

Segundo o Caixa Bank, instituição financeira da Espanha, além do prejuízo causado, identificou-se que houve tentativas de fraude com a utilização do malware bancário brasileiro que chegaria a 110 milhões de euros em prejuízo.

Investigações

As apurações tiveram início a partir de informações enviadas pelo Caixa Bank, que identificou que os programadores e operadores do malware bancário estariam no Brasil. Os investigados se valiam de servidores na nuvem para hospedar a infraestrutura utilizada nas campanhas do malware Grandoreiro. A utilização de programas de comando e controle permitia o acesso remoto dos computadores das vítimas, oportunidade em que eram realizados os furtos de valores de forma cibernética.

A infecção dos equipamentos das vítimas era realizada com o envio de e-mails contendo mensagens maliciosas (phishing) que induziam as vítimas a acreditarem que se tratava de informações oficiais como, por exemplo, intimações judiciais, cobranças de faturas vencidas, notas fiscais, dentre outros.

No momento em que as vítimas abriam o anexo ou clicavam no link responsável pelo download do arquivo malicioso, o programa era executado em segundo plano, oportunidade em que o computador da vítima ficava vulnerável aos criminosos.

Os valores foram direcionados para contas de integrantes do grupo criminoso que “emprestavam” indevidamente suas contas para movimentação dos valores ilícitos.

As ações contaram com o apoio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e com a cooperação internacional da Polícia Nacional da Espanha, que forneceram informações importantes para a identificação dos criminosos.

Para a compreensão dos fatos, também foram relevantes informações obtidas em fontes abertas, como pesquisas realizadas por empresas de segurança cibernética, tais como a ESET.

A investigação contou também com informações e apoio da força-tarefa Tentáculos, instituída para a repressão a fraudes bancárias eletrônicas e que envolve a cooperação entre a Polícia Federal e as instituições bancárias.

São investigados os crimes de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude em ambiente cibernético, invasão de dispositivo informático e lavagem de dinheiro.

Nome 

O nome da Operação Grandoreiro está relacionado com o nome do malware bancário responsável por viabilizar a transferência de valores de forma ilícita para diversas contas de terceiros de forma cibernética. 
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