Em depoimento à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o coronel Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas disse que conheceu Antônio Gomes da Silva – apontado como o executor do advogado Roberto Zampieri – por meio de Hedilerson Fialho Martins Barbosa, 53 anos, que é Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).
Leia também
Coronel aponta surpresa e diz que foi delatado após suspeito receber 'ameaça' de prisão com faccionados
O militar contou ao delegado Nilson Farias, durante oitiva no 44º Batalhão de Infantaria Motorizado, em Cuiabá, na tarde de quinta-feira (1), que em uma oportunidade estava em seu escritório, em Minas Gerais, com Barbosa, quando disse que precisava de alguém para reformar o escritório, retirar uma escada do local e pintar.
Barbosa respondeu que estava regularizando uma arma para um senhor no clube de tiro e sabia que ele era mestre de obras. Na sequência, ele perguntou ao coronel se gostaria que o levasse até o escritório. Caçadini teria concordado.
O coronel disse que não se lembrava muito, mas acredita que, em setembro de 2023, Barbosa ligou informando que iria levar Antônio, para combinar o serviço. Caçadini lembrou que Barbosa chegou com Antônio, que entrou na galeria de capacete, com a viseira levantada.
Na sequência, Barbosa teria dito: "Coronel este é o pedreiro". Caçadini teria dito “ok” e ainda prometido que se caso ele fizesse “um bom serviço”, o levaria para construir um centro de treinamento na cidade de Itabirito (MG).
Logo depois, Antônio respondeu que estava fazendo umas obras e depois faria uma viagem. Mas, prometeu que quando retornasse, conversariam.
Barbosa teria intervido e alertado: "Não deixa furo com o coronel que ele é meu esteio, e qualquer coisa que precisar ele resolve".
Apesar das declarações, Caçadini afirma não ter envolvimento na morte de Zampieri. O militar, no entanto, deverá ser indiciado pela Polícia Civil.
