O deputado federal Coronel Assis (União) fez críticas duras ao Ministério da Justiça e Segurança Pública depois que detentos fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte, na quarta-feira (14). Essa foi a 1ª vez que houve fuga de uma unidade de segurança máxima no Brasil.
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O parlamentar afirmou, em entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (15), que o governo federal não prioriza as políticas de combate ao crime organizado no Brasil. Segundo ele, o Ministério de Justiça se preocupou em apenas combater programas que eram do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“É muito estranha (a fuga). Na atual gestão, nós temos aí a primeira fuga de um presídio de segurança máxima no Brasil. Há quanto tempo nós temos esses presídios e que não ocorriam fugas? Quais serão os próximos passos? Eu fico me perguntando. No ano passado, o Ministério da Justiça e Segurança Pública se preocupou em tocar uma cruzada enfadonha contra o armamento civil brasileiro, contra os CACs’s, e não se preocupou em tratar problemas sérios como é o sistema penitenciário brasileiro”, disse o militar.
Essa “cruzada enfadonha” citada por Assis se trata do decreto governamental assinado pelo presidente Lula (PT), em 2023, que dificultou o acesso às armas no Brasil. A assinatura do documento foi uma das primeiras ações do atual governo em 2023.
O deputado lembrou que os crimes cometidos no Brasil ocorrem devido à força do crime organizado em todo o país.
“O sistema penitenciário nacional atualmente está defasado. Possui poucos agentes e precisa de uma maior atenção do governo federal, afinal o crime organizado está instalado no Brasil. Nós precisamos lutar contra isso, mas como se faz isso sem o apoio do principal ator desse combate, que é o Ministério da Justiça?”, questionou.
A fuga
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento são considerados foragidos. Eles respondem por crimes como homicídio, roubo, tráfico de drogas e organização criminosa.
