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Sábado, 04 de maio de 2024

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CAUSADAS PELO AEDES AEGYPTI

Casos de dengue e chikunguya crescem em Mato Grosso; saiba diferenciar cada uma das doenças

Foto: James Gathany/CDC-HHS

Casos de dengue e chikunguya crescem em Mato Grosso; saiba diferenciar cada uma das doenças
As doenças classificadas como arboviroses, que são transmitidas principalmente por mosquitos, como a dengue, chikunguya e zika, estão em seu período de alta, principalmente por conta do clima atual, com predominância de chuvas e umidade, fazendo com que vários mosquitos Aedes aegypti se proliferem, aumentando a transmissão das doenças. No entanto, apesar da espécie ser vetor das doenças, elas diferem entre si, e a população deve ficar atenta aos sintomas de cada uma.


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A dengue, a chikunguya e a zika possuem alguns sintomas semelhantes, que podem dificultar o diagnóstico, no entanto, existem aqueles que devem ser usados como critério para identificação da enfermidade.

A dengue, por exemplo, é a doença mais grave quando comparada à chikungunya e à zika, pois causa febre, dores no corpo, dores de cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição. Em casos mais graves, pode provocar hemorragias, que podem ocasionar óbito.

Já a chikungunya também causa febre e dores no corpo, mas as dores se concentram principalmente nas articulações, diferentemente da dengue, que causa dores predominantemente musculares.

Alguns sintomas da chikungunya duram em torno de duas semanas, contudo, as dores articulares podem permanecer por vários meses. Casos de morte são muito raros, mas a doença, em virtude da persistência da dor, afeta bastante a qualidade de vida do paciente.

Por fim, a zika é a doença que causa os sintomas mais leves. Pacientes com essa enfermidade apresentam febre mais baixa que as citadas anteriormente, olhos avermelhados e coceira característica. Em virtude desses sintomas, muitas vezes a doença é confundida com alergia. Normalmente a zika não causa morte e os sintomas não duram mais que sete dias.

No entanto, é importante lembrar, que a zika causa sérios problemas em gestantes e seus bebês, tais como a microcefalia. Além disso, a doença se relaciona com uma síndrome neurológica que causa paralisia, chamada de Síndrome de Guillain-Barré.

O tratamento dessas doenças é praticamente o mesmo, uma vez que não existem medicamentos específicos para elas. Recomenda-se que o paciente, nos três casos, permaneça em repouso e beba bastante líquido. Alguns medicamentos são indicados para dor, mas não se deve recorrer a remédios que contenham ácido acetilsalicílico, pois, podem desencadear hemorragias.

Até o momento, existe vacina apenas para dengue, no entanto, ela não foi enviada para Mato Grosso, pelo programa do Ministério da Saúde, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Diagnóstico

A melhor forma para o diagnóstico dos pacientes com sintomas continua sendo por meio dos exames de hemograma, que ajudam na diferenciação dos quadros, uma vez que a queda nas plaquetas e a leucopenia são mais significativas na Dengue e quase inexistente na zika. Além disso, há kits de teste rápido para diagnóstico.

Prevenção

A infestação do mosquito é sempre mais intensa em razão de água acumulada e de altas temperaturas, fatores que propiciam a eclosão de ovos do mosquito. Para evitar esta situação, é preciso adotar medidas permanentes para o controle do vetor, durante todo o ano, a partir de ações preventivas de eliminação de focos do vetor.

Toda a população deve se empenhar nas medidas para evitar a proliferação do Aedes aegypti, como sempre manter reservatórios e locais que podem acumular água totalmente cobertos.

Algumas das medidas são:

- Manter caixas d’água bem fechadas
- Receber os agentes de saúde e de endemia nas residências
- Amarrar bem os sacos de lixo
- Colocar areia nos vasos de planta
- Guardar pneus em locais cobertos
- Limpar bem as calhas da casa
- Não acumular sucatas e entulho
- Esvaziar garrafas PET, potes e vasos.
- Uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão
 
Dados de Mato Grosso
 
Mato Grosso registrou 4.359 possíveis casos de dengue, conforme dados do Ministério da Saúde, até a data desta sexta-feira (16). São mais de mil casos registrados apenas neste início de fevereiro. 
Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, de janeiro a 2 de fevereiro de 2024, foram notificados 2.689 casos de dengue, sendo 1.496 confirmados e um óbito. 

Nos novos registros, há três mortes sendo investigadas. Dos casos, 3.080 foram confirmados. O coeficiente de incidência para a doença no estado é de 119,1, para cada 100 mil habitantes. 

As notificações de zika chegaram a 4, mas nenhuma foi confirmada até o momento. Já os dados de chikunguya apontam para 836 notificações, sendo 741 casos confirmados. Nenhuma morte pelas doenças foi registrada.

(com informações da Fiocruz e Ministério da Saúde)
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